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Licenças ambientais emperram rodovias no Amazonas

O Amazonas não deve sair tão cedo da condição de isolamento geográfico via terrestre. As quatro rodovias federais do Estado (BR-174, 230, 317 e 319) que estão com obras lentas ou paradas enfrentam o dilema do licenciamento ambiental pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), em itens como fauna, flora e traçado de território indígena.

Nessa esteira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) realizou na semana passada uma inspeção nas rodovias do Amazonas e Roraima para constatar as condições de trafegabilidade e o andamento das obras, incluindo as BRs 174 (Amazonas-Roraima), 401 (Roraima-Guiana Inglesa) e 319 (Amazonas-Rondônia).

Em reunião recente com o Ibama, em Brasília, o Dnit ainda não obteve sucesso nas negociações para recuperar o trecho de 405 quilômetros da rodovia BR-319 porque precisa refazer o licenciamento de fauna e flora. A rodovia, que possui 859 quilômetros, foi aberta há mais de 40 anos pelo governo militar, é a principal rota de ligação via Centro-Oeste ao restante do País.

A BR-230, a Transamazônica, que possui 831 quilômetros dentro do Amazonas, ainda é uma estrada de terra. A pavimentação asfáltica só deve começar a ser executada em 2014, mas também vai necessitar de novo licenciamento. “Fazer obras de engenharia na Amazônia é muito complicado”, disse o superintendente regional do Dnit, Afonso Lins Júnior.

Ligando o Município de Boca do Acre a Rio Branco, até a tripla fronteira Brasil-Peru-Bolívia, a BR-317 tem 30 quilômetros de terra que faltam recuperar, uma vez que cruzam duas comunidades indígenas onde ainda não houve acordo. (Portal A Crítica)

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