Os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) continuam em greve. A pasalisação faz parte de um movimento nacional. Uma das propostas é a reestruturação do plano de carreira da categoria, com o ajuste de 5%.
Gerson Albuquerque, líder do comando local de greve, disse que até o momento não houve nenhuma negociação. “Há uma grande manifestação favorável ao movimento, mas o Governo Federal não abriu negociação. Continua irredutível, com uma grande pressão. Estão paradas 47 universidades e 52 sessões sindicais”.
Por enquanto, os universitários irão continuar sem aulas até que medidas sejam tomadas. “Todos os cursos da Ufac estão paralisados. São 42 cursos e cerca de 6 mil alunos sem aulas. Aproximadamente 95% dos professores estão em greve e só iremos voltar quando houver uma negociação. Estamos reunidos com o comando de greve para avaliar o andamento das ações. Planejamos levar a greve para fora da universidade”, explicou Gerson.
A reitora da instituição, Olinda Batista, falou sobre os salários recebidos pelos profissionais. “O maior problema destes professores é o plano de carreira. Estou vindo da reunião nacional dos reitores, que está apoiando a intermediação deste processo. Esperamos que haja um consenso mais rápido possível. Os professores não estão sendo incentivados com estes salários. Têm médicos, professores do curso de Medicina, que ganham mais em um plantão do que dando aulas durante 1 mês. Não podemos ficar sem estes profissionais. Sem eles, os cursos poderão fechar”.
Um novo problema surgiu por conta da greve. A reitora espera que a greve termine o quanto antes. “Queremos que tudo isso seja resolvido para evitarmos problemas como antes. Haverá a reposição de aulas. Não suspenderemos o calendário. Nosso problema é com os professores temporários, que têm apenas um contrato de 6 meses. Caso acabe a greve e este prazo expire, não vamos poder contratá-los novamente. Essa questão tem que ser vista imediatamente. Estamos perdendo profissionais bons”, finalizou ela.