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MPF faz visita no Colégio de Aplicação

O Procurador do Ministério Público Federal (MPF) Ricardo Gralha realizou, na manhã de hoje, uma visita no Colégio de Aplicação (CAP), a pedido do movimento grevista da Universidade Federal do Acre. Os professores também acompanharam a visita, apontando as falhas que existem no colégio.
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De acordo com Ricardo Gralha, o MPF vai abrir um diálogo para que soluções sejam tomadas o quanto antes. “A sociedade buscou o MPF trazendo os problemas do CAP, que são estruturais e deficiência na falta de professores. O MPF vai chamar a reitoria da Ufac para dialogar a cerca da solução desses problemas. A criança e o adolescente são absoluta prioridade na República Federativa do Brasil e não podemos permitir que situações como esta inviabilizem o aprendizado qualificado dos alunos. É necessário que haja muitas mudanças e vamos trabalhar através do diálogo e da construção conjunta com comunidade e universidade para que este problema seja solucionado”.

Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve da Ufac, informou que um dossiê está sendo preparado e será entregue para que uma audiência pública seja realizada. “Dessa vez tomamos a iniciativa de procurar o MPF para verificar as reais condições do colégio. Para nós, o CAP é uma metáfora da situação que está na universidade. Se as crianças e jovens estão estudando em condições tão precárias, imagina como está a Ufac. Aqui existe a falta de condições estruturais e de trabalho. Queremos realizar uma audiência pública sobre esses problemas. Esperamos que a administração da Ufac se manifeste. Iremos entregar um dossiê com toda a situação da universidade, propondo um plano de negociações. A sociedade tem que acordar para esses problemas, manifestando o apoio aos filhos que estudam na Ufac, para que eles tenham condições dignas”.

Há algum tempo os problemas existem, afirmou Cleilton França, diretor do colégio. “Esperamos que as questões emergenciais sejam resolvidas, até porque temos um grande prejuízo e entendemos que essa é uma questão de financiamento. O financiamento da educação básica é feito principalmente pela secretaria de educação. Essa questão deve ser amplamente discutida. O apoio do MPF é essencial, pois já se esgotaram todas as negociações com a administração superior. Precisamos de condições físicas. O nosso maior problema é a questão da contratação de professores e falta de infraestrutura”.

Luís Gustavo, aluno do 3º ano do CAP, falou que estuda há 12 anos na instituição. Ele falou que os estudantes são os mais prejudicados. “É visível que as condições não estão boas, tanto estruturais quanto pedagógicas. A Ufac chegou ao ponto abrir um edital para estudantes dos cursos de graduação a darem aula aqui. Felizmente não aconteceu, até porque seria ilegal. Isso só mostra o quanto precisamos de ajuda”, concluiu.

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