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Plano de combate às queimadas quer reduzir focos em mais de 60%

ImacO Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), em parceria com órgãos públicos, lançou um plano de estratégia para o combate às queimadas no Estado. Mais de 60% das queimadas acreanas foram reduzidas em 2011, mas a meta é melhorar ainda mais este bom índice e evitar os focos.

De acordo com Fernando Lima, diretor-presidente do Imac, a ‘friagem’ é o ponto de partida para a fiscalização. “Fizemos um encontro na sexta-feira para fazer uma estratégia para os focos de calor. Lançamos a sala de situação, no Corpo de Bombeiros, onde monitoramos estes focos e distribuímos os trabalhos com várias instituições. Vamos ter muito calor. A umidade do ar vai baixar. Temos um clima propício para queimadas e devemos trabalhar no combate. No ano passado, reduzimos em 65% os focos de calor relativos a 2010. Isso é um ganho muito grande”.

Políticas públicas foram lançadas para que o produtor não faça queimadas. “Além da repressão, temos as políticas públicas, que são fundamentais no processo. Elas incentivam a produção sustentável e dá alternativas para o produtor não abrir o roçado para fazer a queimada. Além disso, recuperamos áreas degradadas dentro das propriedades. Todos os anos colocamos para trabalhar uma equipe maior na fiscalização. Toda a semana estamos nas ruas fazendo barreiras móveis e fiscalizando os polígnos das queimadas, que geram informações via satélite junto ao Ibama. Também fiscalizamos a caça ilegal, desmatamento e queimadas em todo o Estado”, explicou o diretor.

O Imac trabalha com um disk denúncias, no qual a população pode informar onde existem focos de queimada. “A fiscalização começa em junho e vai até o final de outubro. Cerca de 60 técnicos trabalharão. Seguimos também a linha das denúncias, o número que as pessoas podem entrar em contato é o 9985-7060. Atendemos também denúncias enviadas pelo Ministério Público Estadual. Cinco sobrevoos estão previstos para este ano. As áreas que mais queimam são o Alto e Baixo Acre. Os índices têm caído, mas esperamos que neste ano haja uma redução maior ainda, aliando a fiscalização com os programas alternativos”.

Além de multa, quem queimar pode responder a um processo criminal. “A multa é de R$ 1.000 por hectare na queimada. Existe uma ação civil pública desde 2010 pelos ministérios públicos Estadual e Federal proibindo as queimadas. Neste ano, a queimada é zero. Além da multa imposta pelo órgão ambiental, a pessoa estará cometendo um crime e irá responder um processo com a desobediência da ação”.

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