Há quase um mês, os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) continuam paralisados. Apesar do pedido de negociação feito pelo Governo Federal, as propostas não foram aceitas pelos docentes. A greve faz parte de um movimento nacional. No Estado, 42 cursos e cerca de 6 mil alunos estão sem aulas.
Os servidores técnicos federais podem também aderir à paralisação, afirmou Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve da Ufac. “Recebemos do governo federal um pedido de negociação. A proposta deles é negociar sem mudar a sua posição. Hoje foi realizada uma assembléia dos servidores técnicos, que tem indicativo de greve em todo o país, dando uma nova conotação ao movimento, impactando muito mais a sociedade”.
Nos próximos dias, os alunos serão convocados para participar da greve. “Vamos chamar o alunado para uma atividade na próxima quinta-feira, para conversar e tentar colocá-los também na mobilização. É uma pressão conjunta da comunidade universitária”, explicou Gerson.
O presidente do comando disse que a crise financeira é o principal motivo que o Governo Federal impõe para não ajustar o plano de carreira da categoria. “O governo quer negociar mantendo a posição que tinha em agosto do ano passado, alegando que não tem como ter uma proposta de plano de carreira agora, pois isso altera o orçamento da união, impactando o conjunto de servidores públicos federais, criando um problema para o governo gerenciar. Também é usado o problema da crise financeira.
Querem jogar as negociações para 31 de julho, na expectativa de que a gente possa aguardar o desdobramento da crise financeira mundial. Isso não nos interessa”.
Além da universidade, o Colégio de Aplicação está sendo prejudicado com a falta de professores. “A nossa intenção é negociar. Nunca quisemos a greve. Em agosto do ano passado pactuamos um acordo, aguardamos um ano e até agora nada. Queremos negociar os problemas que estão atingindo a universidade, que está com prejuízos graves. Faltam professores no Colégio de Aplicação e na Ufac também. Aguardamos que o governo apresente responsavelmente uma contra proposta à nossa pauta”, concluiu Gerson.