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Reitora não garante ampliação de vagas no curso de Medicina

Ufac2106A portaria assinada pela secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Priscila Cândido Ubriaco de Oliveira, autorizando ampliação de 40 vagas no curso de Medicina da Ufac não terá efeito prático. Ao menos para o processo seletivo que se aproxima. Foi o que informou a reitora da Universidade Federal do Acre, Olinda Batista, em entrevista coletiva realizada ontem à tarde na sede da instituição.

“Se tiver recursos e profissionais da saúde que possam estar sendo contratados para universidade, nós teremos condições de ampliar”, foi o que explicou a reitora Olinda Batistas aos técnicos do Ministério da Educação na ocasião em que foi informada da possibilidade de ampliação do número de vagas.

“Nós temos dificuldades para contratar profissionais da saúde aqui porque são os mesmos que atuam nas redes estadual e municipal e são sobrecarregados”. Atualmente, a Ufac executa obras de ampliação de três blocos na faculdade de Medicina para salas de aula e para laboratórios.

“Eu quero ver o que o MEC vai dar”, esquivou-se a reitora, ao ser perguntada sobre a possibilidade da realização de concurso público para professores na faculdade de Medicina. “Tem que haver disposição de prover a universidade do número de profissionais que ela precisa tanto técnico quanto de professores”.

O término das obras e o longo processo de contratação de professores são apontados como fatores limitantes para a ampliação. O esforço da parceria entre o Governo do Estado e a Ufac para disponibilização de bolsas de mestrado e doutorado referendadas pela Universidade de Brasília não garantem a dedicação exclusiva. “Até porque o salário é muito baixo”, reconhece Batista. “Essa questão salarial é um empecilho, internamente, não apenas para a área da saúde”.

A ampliação da oferta de vagas para cursos de medicina é uma tentativa do Governo Federal de preencher a ausência de médicos nas regiões mais deficitárias do país na área da saúde pública.
O Plano de Expansão de Educação em Saúde para Regiões Prioritárias quer saltar das atuais 735 vagas em instituições federais de Ensino Superior para 1.615.

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