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Secretária de Saúde vai abrir sindicância para apurar mortes na maternidade

Secretária sindicânciaA secretária estadual de Saúde, Suely Melo informou, por meio de nota, que vai abrir uma sindicância para apurar as três mortes que ocorreram na última quinta-feira, 21, na maternidade Barbara Heliodora. As famílias denunciam que houve negligência médica nas mortes de Karine de Paula Bezerra, 18 anos, e seu bebê recém-nascido e, ainda, da enfermeira Janete Gonzaga Oliveira, 41.

Os três morreram após serem atendidos na Maternidade Bárbara Heliodora.

Em nota distribuída à imprensa, a assessoria da Sesacre informa que “a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, vai abrir uma sindicância para apurar se houve negligência médica durante os atendimentos e caso se confirme, os responsáveis serão punidos. O resultado da investigação deve sair em 20 dias,” informou.
De acordo com informações de familiares, Karine Bezerra, grávida de oito meses, teria procurado a unidade para fazer uma consulta de pré-natal. “Lá, ela passou mal e a levaram para o setor de emergência, onde foi medicada”, conta a mãe Kátia Maria Bezerra.

Mesmo Kátia dizendo às enfermeiras que sua filha não estava bem e que não poderia ter alta médica, Karine foi encaminhada para fazer o pré-natal e depois liberada.

Na última quarta-feira, 20, a jovem retornou à maternidade para fazer novos exames, mas foi encaminhada ao Hospital das Clínicas. Ao retornar para sua casa, morreu junto com o bebê que estava esperando, às 10h20m.

Para a mãe de Karine, os médicos que lhe atenderam não levaram em conta uma observação escrita em seu cartão de atendimento que informava que a paciente estaria com um problema grave de pré-eclâmpisia.

Já a enfermeira Janete Gonzaga teria morrido depois ter o atendimento negado na unidade, por pelo menos 4 vezes. A família registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia.

OUTRO LADO – O diretor técnico da Maternidade Bárbara Heliodora, Edvaldo Amorim defende os médicos que atenderam Karine Bezerra. Ele diz que eles realizaram o procedimento adequado, mas que a paciente apresentava problemas de asma e pressão alta, e o mais grave: não teria seguido as orientações médicas. (Com informações da Agência Contilnet)

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