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Servidores das justiças eleitoral e federal paralisam durante 24 horas

Paralisação JustiçaApós uma assembléia geral realizada semana passada, os servidores das Justiças Eleitoral e Federal realizaram hoje, 13, uma paralisação durante 24 horas. O movimento foi realizado em todo o país. A principal reinvindicação é a reestruturação do Plano de Cargos e Salários (PCS).

Segundo Josemir Melo, coordenador geral do sindicato dos servidores das justiças eleitoral e federal do Acre, desde o ano de 2006 não há aumento salarial. “Estamos fazendo a paralisação para que haja a aprovação do projeto PL 6613, que está no congresso desde 2009. Ele reestrutura as carreiras do poder judiciário para que comparar a carreira do jurídico e do poder executivo federal. A defasagem salarial em relação à essas carreiras está a mais de 100%. Em 2010 realizamos uma greve e na época o ministro do supremo tribunal federal e o presidente Lula disseram que se a greve fosse paralisada, após a eleição fechariam acordo, mas até hoje não houve nada. Há seis anos estamos sem aumento de salários”.

Sem um salário adequado, muitos servidores estão deixando as instituições para trabalhar em outros órgãos. “Mais de 30% dos servidores, por ano, saem do judiciário federal por conta dos salários baixos, fazendo concursos e indo para outros órgãos. Quem perde, se prejudica é a população com serviços sem qualificação dos novos servidores”, explicou o coordenador.

Durante o dia somente alguns serviços foram realizados. “Somente o serviço essencial foi oferecido, que é o de Habeas Corpus, liberdade provisória, mandado de segurança, auxílio doença e aposentadoria. Os demais ficaram parados”, disse Josemir.  

Caso não haja nenhuma negociação, uma greve geral está sendo prevista para os próximos dias. “Para que o projeto seja aprovado no congresso tem uma exigência que deve ter um acordo entre o poder executivo e judiciário para que tenha orçamento para a realização. Estamos com um novo presidente do supremo, o Aires Brito, que já iniciou a negociação, mas que não foi finalizada. Esta paralisação é uma forma de pressão para dar andamento. Vamos entrar em greve no próximo dia 21 por tempo indeterminado caso não haja nenhuma negociação e aprovação”, concluiu.

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