Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram mais uma paralisação hoje (21). Essa foi a segunda paralisação em menos de duas semanas. Na quarta-feira, 20, os servidores fizeram uma manifestação na Assembléia Legislativa, apresentando denúncias aos deputados.
Segundo Messias Lopes, presidente da associação dos servidores do Ibama e ICMBio, algumas reivindicação são pedidas pelos funcionários. “Estamos reivindicando três pontos. O primeiro são as condições de trabalho. O segundo é contra o desmonte da política ambiental brasileira, a legislação e o código florestal. O terceito é reestruturar a nossa carreira, valorizar o servidor desde aquele servidor que é nível médio, mas estudou e tem formação superior, com mestrado e doutorado.
Queremos que essas pessoas sejam valorizadas para prestar um melhor serviço de qualidade para a sociedade, especialmente garantir a defesa do meio ambiente de forma mais qualificada”.
A superintendência do Ibama, em Rio Branco, está funcionando. As demais unidades do órgão nos municípios estão fechadas. Aproximadamente 64 servidores atuam em todo o Estado. Messias explicou que daqui a alguns anos, a metade dos servidores estarão aposentados. “Nos últimos dias três servidores foram aposentados. Em quatro anos, 50% irão se aposentar. Não existe nenhuma estrutura, nossa carreira está defasada. Há anos não existe progressão na nossa carreira”.
Há 30 anos trabalhando no Ibama, Auremira Fernandes disse que os funcionários são vítimas. “Tenho vergonha de dizer que sou servidora daqui. Só há insatisfação. Acatamos situações contrangedoras, isso não é correto. Algo tem que ser feito por nós”, concluiu.