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Solidariedade e resistência na agricultura familiar pós-alagação

O Rio Acre há muito teve seu volume de água normalizado, encerrando um período crítico de 70 dias em constante cheia e de alagação de bairros e comunidades ribeirinhas de Rio Branco. Divulgado em abril, o relatório elaborado conjuntamente pela Secretaria Municipal de Floresta e Agricultura (Safra), Defesa Civil e Governo do Estado apontou prejuízo de R$ 12,4 milhões na produção agrária  de 16 comunidades rurais de Rio Branco por conta da cheia do Rio Acre e seus afluentes mas os prejuízos ainda são contabilizados. Não fosse de um lado a solidariedade do poder público e de outro, a resistência dos produtores rurais, certamente os problemas teriam sido e continuaram sendo muito maiores.  Principalmente os plantios de  banana, grãos, frutas e mandioca se perderam com a alagação dos roçados mas uma breve visita às comunidades mostrará que o esforço da Prefeitura, Governo do Estado e dos moradores irá recuperar todo a cadeia produtiva desarticulada por conta  das chuvas que assolaram o Acre no começo do ano.

Seguindo o relatório – e tudo o que foi acordado entre poder público e  as associações agrárias – o trabalho da Safra vem gradativamente atendendo as comunidades do Bagaço, Extrema, Colibri, Limoeiro, Quixadá, Panorama, Vista Alegre, Catuaba, Extrema II, Liberdade, Belo Jardim,   Benfica,  Capatará, Moreno Maia (produtores residentes ao longo do Rio Acre e Caipora).  

Produtor que trabalhava com piscicultura teve 100% de prejuízo, segundo o relatório da Safra. É o caso da família do jovem Silvestre Crispim, que concluiu há dez dias o curso de operador de trator esteira ministrado pela Safra  (esse curso foi um dos  meios de mitigação dos impactos da alagação).  Aos 19 anos Silvestre ajuda o pai no trabalho diário da colônia, no Ramal Belo Jardim e afirma que o curso de tratorista foi uma grande experiência que ele tomará para a vida toda.  No Riozinho do Rola estão contempladas até este momento as comunidades de Água Preta, Barro Alto e ou-tros produtores ribeirinhos ao longo do Riozinho do Rôla, Vai se ver, São Raimundo e Espalha. (Ascom PMRB)

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