Uma ossada descoberta em Porto Acre pode por um ponto final no ‘caso Fabrício’. Pelo menos essa é a hipótese levantada pelos familiares do estudante Fabrício Costa, 16 anos, desaparecido desde o dia 16 de março de 2010, quando saiu de casa, no Conjunto Esperança, para ir ao curso de informática no Centro e nunca mais apareceu.
De acordo com informações do funcionário público Sérgio Costa, tio de Fabrício, a expectativa de a ossada encontrada no Ramal Porto Alonso, do município, ser de Fabrício é muito grande. Isso porque a ossada foi achada em uma região onde moram parentes de alguns dos acusados que já estão presos. Também é o local onde o aparelho celular de Fabrício foi encontrado.
“Cada vez que nos deparamos com novas informações e detalhes que somam ao quebra cabeça que é o desaparecido de Fabrício, a família cria uma expectativa de que o caso finalmente seja solucionado e a polícia e a Justiça descubra o que realmente aconteceu com o meu sobrinho. Essa ossada encontrada no Ramal Porto Alonso, é sem sombra de dúvidas a que mais se aproximou de uma possibilidade real de colocar fim ao mistério, pois foi localizada na mesma região onde parentes dos acusados residem e onde a polícia encontrou evidências de envolvimento de alguns acusados no crime”, afirmou Sérgio.
Durante o tempo em que o rapaz ficou desaparecido, a polícia realizou diversa diligências a vários locais, prendeu 17 suspeitos. Este último número reduziu para 8 suspeitos e terminou em 4 acusados e indiciados pela morte do adolescente.
Durante investigação, foram levantadas diversas hipóteses, desde sequestro seguido de morte, tráfico de órgãos, homicídio por vingança e até latrocínio (assalto seguido de morte).
Também foram coletados diversos materiais pra análise forense (como sangue encontrado em um suposto cativeiro) e para exame de DNA. Fizeram buscas pelo corpo em açudes de propriedades rurais de Rio Branco, coletaram ossadas encontradas às margem do Rio Acre, no Centro da cidade e na região do Quixadá. Finalmente na manhã de ontem, 31, mais uma ossada humana foi resgatada e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), com pedido de exame de DNA.