A desistência do PPS de ter candidatura própria para disputar a Prefeitura de Rio Branco representa mais uma vitória daqueles que defendem a unidade da oposição nas próximas eleições. Mas este sonho parece cada vez mais distante.
Lideranças de alguns partidos não conseguem se entender. O deputado estadual e pré-candidato pelo Democratas, Jamyl Asfury, tem feito duras declarações a alguns dirigentes partidários e garante que não pretende desistir da disputa para apoiar Tião Bocalom.
“Ele pode até levar o nome do Democratas, mas não vai levar o coração. Minha pré-candidatura é para somar com o debate e até mesmo ajudar no projeto da oposição. O Democratas tem esse direito e vamos defender isso até o último momento”, disse o parlamentar.
Nos bastidores comenta-se que dirigentes do PPS também não ficaram satisfeitos com a retirada da pré-candidatura de Airton Rocha. O clima deve ficar calmo mesmo só depois das convenções, quando também serão anunciados os nomes dos vices e das chapas proporcionais.
No PMDB, mesmo com a desistência do tenente coronel Juvenal de Araújo, de ser vice de Fernando Melo, os dirigentes garantem que um novo nome já foi escolhido. A convenção do partido será realizada no dia 28 de junho.
Na Frente Popular do Acre (FPA), a interrogação ainda fica por conta de Perpétua Almeida. A comunista tem feito declarações que não pretende cair na campanha e pedir votos para Marcus Alexandre e Márcio Batista.
Dirigentes da aliança afirmam que a intenção é convencer Perpétua a fazer parte da campanha até o dia da convenção, quando todas as lideranças da Frente Popular estarão unidas para mostrar força e apoiar Marcus Alexandre.
O certo é que o desgaste dos dois lados pode ser um fator importante na disputa. Tanto a oposição quanto a Frente Popular trabalham para unir o maior número de lideranças em torno de suas candidaturas.