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Perpétua Almeida realiza seminário “Realidade e Desafios na fronteira”

 A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) presidiu seminário, ontem, em que ficou clara a necessidade de se aprimorar políticas públicas, infraestrutura e investimentos que facilitem a vida dos moradores das regiões fronteiriças. A própria parlamentar sugeriu o debate, realizado com representantes dos prefeitos, universidades, técnicos dos ministérios e vários especialistas no assunto no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual ela é presidenta.

Perpétua defende maior participação do Congresso Nacional com projetos prioritários definidos pelos presidentes das 11 nações que fazem fronteira com o Brasil, especialmente nas relações de dignidade entre os diferentes povos que se relacionam nestas regiões.

Nos painéis sobre realidade e desafios, a parlamentar acreana ressaltou que os vínculos diários, cotidianos, sociais, afetivos e econômicos destas populações são extremamente pacíficos, “mas exigem que gestores e governos enxerguem melhor as carências desse povo”.  

Mais uma vez, a deputada citou Jordão, no Acre, como exemplo de cidade que sofre de exclusão e, como tantas outras, notada pelos baixos indicadores de desenvolvimento humano e extremamente carente de infraestruturas que atendam minimamente os anseios de sua população em áreas essenciais como saúde, saneamento básico e educação.

O seminário tentou fazer uma leitura dos problemas para colaborar com os vários programas do governo destinados a atendam melhor os 10,5 milhões de cidadãos brasileiros que habitam mais de 15 mil quilômetros de fronteira onde estão situados 588 municípios, das quais 28 cidades gêmeas como Epitaciolândia e Brasiléia, no Acre. Em torno de 27% do território brasileiro está em zona de fronteira.

“Convencionou-se achar que fronteiras exigem apenas cuidados com soberania nacional. Não é só isso. Há planejamentos que precisam ser aprimorados, e outros que, atendendo ao clamor se seus habitantes, necessitam de implementação imediata. Se na Amazônia temos riquíssimo patrimônios bi e trinacional ainda imensuráveis (biomas únicos no mundo, com reservas de água doce fundamentais para a sobrevivência do planeta), no Sul desfrutamos do maior movimento folclórico do planeta”.  

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Ufac, professora Rusleyd Maria Magalhães, destacou as pesquisas conjuntas entre Brasil-Peru-Bolívia nos campos de graduação e pós graduação, intercâmbio de alunos entre os três países, segundo ela um exemplo para as américas. (Assessoria)

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