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A contrapartida

Dados divulgados ontem sobre a evolução da folha de pagamento do funcionalismo estadual chamam a atenção, ao destacar que nos últimos 12 anos registrou-se um aumento de 500%  de reajustes para pouco mais de 13% no número de servidores – um percentual bem acima da média nacional.

A princípio, nada a opor a esse ganho salarial dos servidores públicos do Estado. Significa que seu trabalho vem sendo valorizado pelos diversos governos que se sucederam neste período e assim deve ser. Serviço público deve ser bem remunerado, assim como de qualquer outra categoria profissional.

De outra parte, em sendo bem remunerados como os números demonstram, era de se esperar também que neste período a qualidade dos serviços públicos tivesse evoluído nos mesmos patamares, o que nem sempre se constata, a partir das reclamações e reivindicações da sociedade, sobretudo, das classes mais pobres que precisam desses serviços.

No caso, por exemplo, de alguns setores como os da Saúde, da Segurança, da Educação há muito ainda o que melhorar, a despeito dos avanços obtidos. E neste aspecto, tanto o governo como a sociedade têm o direito de cobrar a contrapartida.

Se estão sendo bem remunerados – e em vários casos com vencimentos, de fato, acima da média nacional – nada mais justo do que se fazer essa cobrança. Tanto quanto na iniciativa privada, serviço público tem que ser também efi-ciente e apresentar bons resultados.

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