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Os magistrados e as cores da vida

Essa semana entrevistando a nova desembargadora Denise Bonfim, fiquei pensando  o que faz essa magistrada tão diferente dos demais. Ela é inquie-ta, ri, fuma, usa termos comuns, batom vermelho, sandálias abertas de saltos altíssimos, e principalmente não é monocromática, nem “empoada”. Ela é a “cara do Acre”. Ousa com cores, flores e simpatia……  

Não que a capacidade dos demais membros do Judiciário esteja comprometida pelo “frequente nariz empinado”. Mas um magistrado não pode achar que juiz e desembargador não pode ser “povo, gente”. Os magistrados podem por exemplo, comer  “quebe com refresco de cupuaçu, tomar tacacá, ir ao Mercado do Bosque comer baixaria. Podem, enfim, fazer parte da vida como nós “pessoas comuns”. Podem também usar cores, flores……

Não lembro de ter visto nenhum magistrado em situações assim da vida e penso: onde eles comem? Onde gastam? Como se divertem? Será que choram? Se machucam? Sofrem? Vão à igreja? Se confessam?

Recentemente houve a divulgação dos salários dos membros da Justiça acreana. Ok que em maio houve pagamento de indenizações, extras, mas há salários altíssimos de fato. Não quero crer, não quero mesmo, que os altos salários recebidos pelos magistrados, sejam a motivação para o que chamo aqui de “distanciamento dos cidadãos comuns”.

Que empáfia dirão alguns. Mas não se trata disso. Sou uma simples operária da informação, mas queria ver sim os magistrados, operadores do direito, interagindo mais com a população, “se misturando mais” com seu Zé, com a D. Maria, afinal, os magistrados, em vários aspectos,  decidem as vidas dessas pessoas.

O fundamental é: todos são servidores públicos, pagos com recursos públicos, portanto devem sim, satisfação à sociedade. E mais: simpatia gera simpatia, gentileza gera gentileza, humildade gera humildade. E cores dão alegria à vida!!!!    
 
* Sandra Assunção é jornalista.
E-mail: sandraassunção 42@gmail.com

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