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Comercialização de carne pode ser prejudicada sem comprovação de vacina

A partir de 1º de outubro, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre só vai emitir a Guia de Transporte Animal (GTA) se o produtor comprovar vacinação contra a brucelose. A medida faz parte de uma série de ações do Idaf para atender às determinações do Ministério da Agricultura.
Celose1Produtor tem que vacinar as fêmeas de três a oito meses; Idaf qualificou 500 agentes para aplicação da vacina
“A norma federal proíbe o trânsito do animal que não esteja vacinado contra a brucelose”, alerta o diretor-presidente do Idaf, Luiz do Augusto Ribeiro do Vale. Sem a Guia de Transporte Animal, o produtor terá dificuldades para comercializar a carne. Praticamente, inviabiliza o comércio. Daí a importância de manter a sanidade do rebanho.

“O produtor tem que vacinar as fêmeas de três a oito meses”, orienta Luiz Augusto. Nos últimos 18 meses, 500 agentes foram qualificados pelo Idaf para aplicação das vacinas.

O que dificulta a vacinação contra a brucelose é que, para vacinar de acordo com o estabelecem as normas ministeriais, o produtor deve estar referendado por um médico veterinário (responsável técnico), com agente vacinador treinado. Isso é mais um custo para quem produz.

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, um custo que pode ser traduzido em economia. “A fêmea brucênica tem problema de fertilidade: ela aborta nas duas primeiras gestações”, defende. “A aftosa traz prejuízo indireto ao produtor porque cria-se um problema de mercado”.

A unidade da vacina para combater a brucelose custa entre R$ 1,6 e R$ 2. Basta uma aplicação para que a fêmea esteja livre da doença. A aplicação do medicamento, no entanto, exige cuidados, o que obriga treinamento específico. A lógica não é que o Idaf vacine. O cuidado e o manejo devem ser feitos pelo produtor, sob orientação e fiscalização do Idaf.

O consumo de carne bovina com brucelose não traz consequência à saúde humana, mas há riscos para quem maneja a carne nos frigoríficos. “Além do mais, trabalha-se com a lógica de que o plantel deve estar saudável em todos os níveis”, ressalta o diretor-presidente do Idaf.

Cinco municípios do Acre não alcançam meta de combate à aftosa
Celose2Luiz Augusto Vale: pecuarista tem que ter consciênciaA cobertura vacinal mínima de 90% não foi alcançada em cinco municípios do Acre. Jordão, que vacinou 84% do rebanho; Marechal Taumaturgo vacinou 66%; Mâncio Lima, 84%; Porto Walter, 75% e Feijó, com 74%.

“Nas comunidades isoladas, o Idaf saiu de uma situação de cobertura praticamente residual para uma percentagem mais segura do ponto de vista sanitário”, diferencia o gerente de Defesa Animal do instituto, Jean Carlos Torres da Silva. “É o caso de Marechal Taumaturgo que tinha meio ponto percentual e agora aumentamos para 66”.

Isso em apenas dois anos. Em Porto Walter, a situação foi idêntica. A cobertura vacinal era de apenas 10%. Agora aumentou 65 pontos percentuais. Hoje, a cobertura vacinal do Acre é de 98,18%, em um plantel contabilizado em 2,4 milhões de animais.

“Não existe pecuarista isolado”, adverte o diretor-presidente do Idaf, Luiz Augusto do Vale. “O pecuarista da região desses municípios têm que ter consciência da importância de manter a saúde do rebanho”.

O Idaf não multou ninguém ainda. “Nesse momento, temos que fazer um trabalho quase que de catequese”, pondera Luiz do Vale.
Os municípios do Vale do Acre possuem o rebanho comprovadamente mais saudável com quase todos rebanhos vacinados.

Fronteira ainda mantém Ministério em estado de alerta
Mesmo com a declaração do governo boliviano de que pretende conquistar o selo de “Área Livre da Aftosa” em 2015, a região de fronteira sempre exige maior cuidado por parte do Ministério da Agricultura brasileiro.

A Comissão Sul-Americana para Luta Contra Febre Aftosa (Cosalfa) é o organismo criado há 40 anos e que atua como instância deliberativa para ações de combate à doença em todo continente. A Bolívia é signatária dos acordos firmados na comissão.

Isso dá mais segurança de que La Paz mantenha atenção para a região de fronteira com o Acre, mesmo sabendo das recentes ações do governo boliviano de desocupação dos brasileiros que estão na região. No caso da pecuária, os maiores produtores de carne são brasileiros e a saída desse grupo ainda não planejada.


 

Cooperacre gerencia uma das maiores safras de castanha

ITAAN ARRUDA
A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre comercializa cerca de 600 mil latas de castanha em 2012. Isso resulta algo em torno de 7 milhões de quilos do produto. É um dos melhores momentos da Cooperacre em onze anos de existência.
Celose3600 mil latas de castanha devem ser comercializadas este ano, um volume de 7 milhões de quilos do produto
Parte das 1,8 mil famílias cooperadas, já trabalha com extração orgânica certificada. Trata-se de uma sofisticação do conceito de boas práticas do processo de manejo desde a extração, armazenamento, transporte e beneficiamento.

A safra foi tão expressiva traz bons problemas para a direção da cooperativa. Há quatro anos, a capacidade de aquisição da Cooperacre era de apenas 100 mil latas. Em 2009, aumentou em três vezes o poderio de intervir na compra. Hoje, está com capacidade de compra de 600 mil latas.

No comércio da castanha, é a maior demonstração da força da economia do setor no período pós-Mutran (empresa familiar paraense que praticamente monopolizava o comércio da amêndoa de todo Norte). É necessário lembrar que a Cooperacre é fruto de uma decisão política tomada ainda na gestão do ex-governador Jorge Viana.

À época, o governo quebrou a dinâmica do comércio da Mutran e utilizou a Cooperacre como instrumento. Não foi uma aposta simples. Era preciso acreditar no trabalho de base comunitária, ainda incipiente para um mercado que exige grandes escalas e produto com qualidade.

A estratégia inesperada para a Mutran foi a associação que o Governo do Acre intermediou com a Tahuamanu. Com capital já instalado, a empresa deu a escala necessária para o enfrentamento que o mercado assistiria.

Com o slogan Governo da Floresta, havia um componente político importante que o então governador Jorge Viana considerou estratégico: era preciso projetar para o Brasil a força que a economia florestal possuía e, internamente, fazer o enfrentamento em busca da eficácia com o instrumento adequado.

Deu certo. A Cooperacre, com a liderança de Manoel José da Silva, conseguiu ir se superando a cada safra.

Cooperacre quer usar briquetes da casca da castanha
Briquetes são a nova alternativa da Cooperacre para aquecer as fornalhas sem utilizar madeira como insumo para queima. Os briquetes são bastões de material combustível biológico. No meio acadêmico, a estrutura tem o nome de briquete de biomassa.
Celose4Briquetes da Cooperacre devem ser à base da casca da castanha
Na forma, a diferença para o combustível que se conhece é que os briquetes são sólidos e não líquidos. Os briquetes da Cooperacre devem ser à base da casca da castanha. Ainda não há data precisa para o início do uso do produto.

“Para breve”, afirmou o superintendente da cooperativa, Manoel Monteiro. “Mas, vamos entrar nesse nicho tendo o cuidado de não prejudicar quem já atua nele para não termos problemas”.

Inauguração de indústria consolida Alto Acre como região de beneficiamento
Na sexta-feira, a Cooperacre reinaugurou a indústria de beneficiamento de castanha de Xapuri. A modernização da estrutura foi orçada em R$ 2,5 milhões. A participação do Governo do Acre se limitou em oferecer créditos incentivos fiscais. Tudo mais é resultado do trabalho da Central.

A política de atração de investimentos do Acre está baseada em duas leis: Lei de Incentivos Fiscais e a Lei de Concessão de Áreas. A Cooperacre precisou de apenas uma para ampliar a presença na região.

Com a nova indústria de beneficiamento, o Alto Acre passa a ser a região com melhor capital instalado no setor de beneficiamento de castanha do Brasil. Somada à unidade de Brasiléia, a boliviana Tahuamano passa a ter concorrentes à altura.

O desafio para os gestores das cooperativas é garantir concorrência acirrada valorizando o preço da lata.


 

COMPLEXO INDUSTRIAL FLRESTAL DE XAPURI

Governo muda arranjo empresarial da antiga ‘Fábrica de Pisos de Xapuri’

ITAAN ARRUDA
Governador Tião Viana e o secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães, anunciaram a mudança no arranjo empresarial da antiga Fábrica de Piso de Xapuri, agora “rebatizada” de Complexo Industrial Florestal.
Celose5Iniciativa privada, comunidades extrativistas e governo, por meio da Anac: “revisão” do modelo realizou mudanças no maquinário, efetivou sociedade com iniciativa privada em parceria mais sólida e ampliou número de produtos fabricados na unidade
A recente denominação, de nova, nada tem. O empreendimento já nasceu com esse nome, no último ano da gestão do então governador Jorge Viana, embora a expressão pela qual ficou mais conhecida, de fato, tenha sido “Fábrica de Pisos”. Alguns, inclusive, chamavam-na de “Fábrica de Tacos”.

À época, o governo também já informava que o formato da gestão da fábrica envolvia o tripé formado por poder público-iniciativa privada-representação comunitária. Inclusive, o governo massificava a informação de que teria formulado uma novidade na gestão pública, do ponto de vista jurídico.

A unidade tinha entraves, sobretudo técnicos, que o Governo do Acre tinha que resolver. Empresários ligados ao setor madeireiro pontuam três “problemas” na antiga Fábrica de Pisos.

O primeiro deles era vinculado à limitação do produto beneficiado no empreendimento. Uma unidade daquelas para produzir apenas pisos de madeira traria complicações, inclusive para os manejadores porque somente algumas espécies madeireiras poderiam servir como insumo. E isso limitaria o baixo impacto na renda da comunidade, diferente do que foi anunciado.

O segundo problema estava vinculado à planta industrial. Com inconsistências no escopo, o projeto teve incompatibilidades que travaram o processo produtivo. O investimento de R$ 25 milhões, custeado em parte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, alcançou a cifra de R$ 25 milhões (incluindo maquinário e infraestrutura física).

O terceiro gargalo era encontrar parceiros ideais na iniciativa privada. Houve tentativas de parcerias com empresas locais e do Paraná. Mas, as “instabilidades do mercado” a que estavam sujeitos os empreendedores travavam o dinamismo que a unidade exigia.

Sedens articulava mudanças desde ano passado
O quarto mandato da Frente Popular à frente do Governo do Acre tenta destravar os gargalos do setor industrial. Era preciso resolver a situação da antiga Fábrica de Pisos. Em recente encontro com empresários na sede da Federação das Indústrias, o secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães, assumiu os erros na condução dos trabalhos no empreendimento. “Às vezes, o governo tem dificuldade de fazer auto-crítica”, reconheceu. “Temos que ter a capacidade de saber quando pisa em falso, quando erramos o alvo”.
Celose6Magalhães: “Às vezes, temos dificuldade de fazer auto-crítica”
Gestores da Sedens se debruçaram sobre o problema com coordenação do sub-secretário de Estado, Fábio Vaz. Reestruturou-se a planta industrial com maquinários adequados à produção de outros produtos como portas, batentes, janelas, batentes e até pisos. “A fábrica vai produzir o que o mercado exige”, adiantou o governador do Acre, Tião Viana.

O Governo do Estado é parte da sociedade por meio da Agência de Negócios do Acre (Anac). Tem participação de 25% do empreendimento. Desse percentual do Governo, os trabalhadores comunitários absorvem 15%, de acordo com a Sedens. Os empreendedores privados têm participação garantida por meio da empresa Hévea.

Os extrativistas estão organizados por meio da Cooperativa de Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta). De acordo com a assessoria da Sedens, o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade expediu licença para extração florestal em 1,2 mil hectares de floresta. Atualmente, 170 famílias farão parte do empreendimento.

A Sedens calcula que o capital de giro do empreendimento gira em torno de R$ 5,5 a R$ 6 milhões “só para matéria prima”, pontua o secretário Edvaldo Magalhães. Não estão contabilizados nessas cifras a folha de pagamento com 150 funcionários e manutenção da estrutura física da unidade.

Profissionais ligados ao comércio e madeira asseguram que o capital de giro necessário para tornar o negócio viável seja de, no mínimo, R$ 10 milhões.
A produção mínima prevista está estimada em beneficiamento mínimo de 50 mil metros cúbicos de madeira.


 

MAPA DA VIOLÊNCIA 2012

Distribuição de renda não diminui assassinatos de crianças e adolescentes

ITAAN ARRUDA
“Adolescente de 13 anos é executada com 2 tiros na cabeça”; “Adolescente de 15 anos é alvejado com tiro de escopeta nas costas”; “Polícia prende homem acusado de matar adolescente de 13 anos com golpe de faca”; “Jovem é executado com 3 tiros na boca e cabeça no bairro Montanhês”; “Menina de apenas 11 anos de idade é esfaqueada por duas colegas”; “Jovem é ferido a golpes de faca em frente à residência no bairro Wilson Ribeiro”.
Celose7De acordo com o Governo, 11 pessoas entre de 0 e 19 anos foram assassinadas no Estado, desde 2010
As manchetes foram feitas pela repórter Lenilda Cavalcante. São apenas algumas, noticiadas já este ano. Há várias outras. Mudam-se apenas os nomes e os cenários. Mas, o drama é o mesmo: o cotidiano de extrema violência a que uma parte da juventude está submetida no Acre.

A violência envolvendo crianças e adolescentes não é uma exclusividade acreana. A situação está muito mais complexa, sobretudo no Nordeste. Lá, mesmo com a forte intervenção do poder público com aumento no volume de obras e aquecimento da economia por meio de programas de distribuição direta de renda, o número de homicídios, cujas vítimas são jovens com menos de 19 anos, aumentou.

O Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos (Cebela) divulgou o Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil. Para entender o documento, é necessário explicar alguns conceitos com que trabalhou a equipe coordenada pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz.

Por questões estatísticas, o Mapa ampliou o conceito de crianças e adolescentes para todo cidadão que estiver na faixa entre 0 e 19 anos. A “violência estruturante”, entendida pelo estudo, “estabelece os limites culturalmente permitidos e tolerados de violência por parte de indivíduos e instituições”. Essa tolerância, diz o documento, “naturaliza uma determinada dose de violência silenciosa e difusa na sociedade”.

Outro esclarecimento importante a ser feito. As taxas e números de homicídios têm como referência o Sistema de Mortalidade, disponibilizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

O estudo avalia um espectro que varia de 1981 a 2010. No último Censo, as crianças e adolescentes até 19 anos representavam 33% da população brasileira. O Mapa teve como referência o IBGE que apontou 62,9 milhões de pessoas nessa faixa etária no último Censo Demográfico.
No período de quase vinte anos, 608.462 crianças e adolescentes foram vítimas de “causas externas”. Em 1980, as causas externas de mortalidade representavam 6.7% das mortes na faixa etária de 0 a 19 anos. Em 2010, o salto foi para 26,5%. O número quadruplicou. Esse dado não tem relação exclusiva com os homicídios. Estão aí incluídos acidentes de toda natureza.

Homicídios
As taxas e números de homicídios calculados entre 1980 e 2010 denunciam praticamente a falência do Estado na condução das políticas públicas focadas para a criança e o adolescente. As taxas de homicídio cresceram 346% no período avaliado. Foram 176.044 crianças assassinadas.

Cidadão X Consumidor
O último ano de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República foi saudado como um ano de vitória na Economia, com destaque para o sucesso do programa de distribuição direta de renda, Bolsa Família. Criou-se até a expressão “nova classe média”, para saudar a ascensão social das classes D e C ao universo do consumo, confundindo o conceito de cidadania com o de consumidor.

No entanto, o ano de 2010 foi especialmente violento. Apenas neste ano 8.686 crianças e adolescentes foram assassinados no Brasil. Isso resulta em uma taxa de 13,8 assassinatos para cada grupo de 100 mil crianças e adolescentes. Só em 2010.

A situação fica um pouco mais grave quando se avalia a evolução das taxas de homicídios entre adolescentes de 0 a 19 anos durante a década dos 2000. Entre 2000 e 2010. No início da década, a taxa era de 11,9 homicídios para cada grupo de 100 mil crianças e adolescentes. Em 2010, como já foi dito, esse número saltou para 13,8.

Especialistas referenciam comércio de drogas como “possível causa”
O ex-secretário de Estado de Direitos Humanos e atual presidente do Instituto Sócio Educativo do Acre, Henrique Corinto de Moura, faz a defesa do contexto acreano. “Estamos em uma situação diferente”, compara Corinto.
Celose8Corinto e Raimunda Bezerra: independente da classe social, consumo de drogas alavanca o problema
Atualmente, Corinto gerencia uma instituição que acolhe 375 adolescentes cumprindo medida sócio-educativa em regime de internação e outros 1.122 em regime de semi-liberdade e liberdade assistida.

A violência entre crianças e adolescentes mostrada pelo Mapa da Violência 2012 não se limita a amostragem de jovens pobres ou extremamente pobres. Mas, na prática, esse é o público mais vulnerável. No entanto, há um elemento que tem aproximado as classes e complicado ainda mais o problema: o comércio e consumo de drogas.

“A violência envolvendo adolescentes que cumprem medidas sócio-educativas está mais associada ao consumo e venda de drogas”, analisa Corinto. “Não costumo associar a violência à condição social”.

Para a coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular, Raimunda Bezerra, o problema envolvendo homicídio de crianças e adolescentes também guarda estreita relação com o comércio de drogas. Com uma diferença na abordagem.

“A postura repressiva tem se mostrado ineficiente”, avalia a coordenadora do CDDHEP. “É só o jovem pobre que vende a droga? O jovem pobre vende a droga para quem?”, pergunta Bezerra.


NOTAS ECONÔMICAS

2010 de novo?
O preço do milho está em alta. Será que a queda na safra norteamericana vai proporcionar o bom ambiente de 2010 sentido no setor agrícola?

Diferença
Só para não esquecer: nos Estados Unidos, o milho é usado fundamentalmente para produção de biodiesel. No Brasil, a parte da safra que fica no país entra para a indústria alimentícia.

Erro de estratégia I
A direção da usina Álcool Verde erra na estratégia ao silenciar sobre o trabalho executado ali. O silêncio não protege. Ao contrário: expõe. Não há proteção melhor do que a transparência.

Erro de estratégia II
A União da Indústria de Cana de Açúcar divulgou volume da safra 2012/13. Caiu 21,86%. Se o cenário de crise no plano nacional é sentido aqui ninguém sabe.

Referência?
Quais gargalos o setor enfrenta no plano regional? Também ninguém sabe. Ou está tudo lindo e o Acre é referência nacional do setor sucroalcooleiro?

O plano é…
A meta de R$ 120 milhões no volume de negócios comercializados na Expoacre é a mesma do ano passado. Já que há algumas semanas os financiamentos são represados para que tudo aconteça na feira; os convênios públicos são contabilizados no balanço final… a meta deverá ser facilmente superada.

Eco
As reclamações miúdas que se faz no comércio da Expoacre resultariam em um sonoro grito se pudessem ser ecoadas. “As vendas estão muito ruins”; “O pessoal não compra”; “Só passam e olham”. São frases muito comuns entre os vendedores.

Eco II
A reclamação não tem endereço definido. Festa bem organizada com problemas pontuais, mas logo solucionados. “É porque o pessoal tá sem dinheiro mesmo”, consola-se um comerciante.

Real
A contabilidade ideal dos números da Expoacre seria a que estivesse envolvida apenas o setor privado.

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