Com uma proporção de 10,8 casos de homicídios de jovens entre 0 a 19 anos para cada 100 mil, o Acre aparece na 20º posição de uma lista dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, com maiores taxas de assassinatos de menores. O ranking faz parte de um levantamento mundial intitulado Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes, que apurou dados de homicídios de menores nos países com as maiores incidências de casos. Os números foram revelados na edição desta semana da Revista Época.
No estudo, o Brasil figura como 4º país com maior proporção de casos de assassinatos de crianças e jovens no mundo. De fato, são 13 homicídios em cada 100 mil habitantes, uma taxa de 2,2 casos a mais em relação ao Acre. Sendo assim, o Brasil fica atrás apenas de El Salvador, Venezuela e Trinid & Tobago (países subdesenvolvidos e com baixa estimativa de ascendência).
Dos Estados brasileiros, o ranking aponta Alagoas como o grande campeão da violência contra os menores (que aparece com absurdos 34,8 casos a cada 100 mil habitantes); Espírito Santo (33,8 homicídios/100 mil habitantes); Bahia (23,8 homicídios/100 mil habitantes), Distrito Federal (22,9 homicídios/100 mil habitantes); e Amapá (22 homicídios/100 mil habitantes).
Na outra ponte, atrás do Acre como estados menos violentos estão: o Piauí (3,6 homicídios/100 mil habitantes); São Paulo (5,4 homicídios/100 mil habitantes); Santa Catarina (6,4 homicídios/100 mil habitantes); Maranhão (6,8 homicídios/100 mil habitantes); Tocantins (8,2 homicídios/100 mil habitantes); Roraima (8,7 homicídios/100 mil habitantes); Rio Grande do Sul (9,5 homicídios/100 mil habitantes); e Minas Gerais (10,7 homicídios/100 mil habitantes).
Dos Estados da região Norte, o Acre fica em 3º lugar como o menos violento, atrás de Tocantins (8,2 homicídios/100 mil habitantes) e Roraima (8,7 homicídios/100 mil habitantes). Amapá Roraima (22 homicídios/100 mil habitantes); Pará (19,2 homicídios/100 mil habitantes); e Rondônia (12,4 homicídios/100 mil habitantes) são os 3 estados regionais com maiores taxas.
De acordo com os realizadores do estudos, o Brasil e os demais países que têm índices tão altos de violência de menores estão nesta situação por ‘descaso’ das suas autoridades. Segundo eles, enquanto gestores públicos perdem tempo culpando o tráfico de drogas e outros crimes como razões ‘simplistas’ pela sua alta incidência de assassinatos de crianças e adolescentes, os casos vão continuar acontecendo na mesma progressão.