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Apoio oficial faz indústria acreana contrastar com o cenário nacional

Sasai-presidenteNo Dia da Indústria, as declarações dos presidentes das federações do Acre, Carlos Sasai, e do Espírito Santo, Marcos Guerra, tiveram tons bem diferentes. Reunidos no auditório da Fieac, empresários e gestores públicos avaliaram o os gargalos e avanços do setor em todo o país. No geral, o balanço pode ser considerado positivo, mas com forte desconfiança no cenário de crise internacional.

“O governo tem investido muito em infraestrutura e isso tem animado o setor na região”, assegurou o presidente da Federação das Indústrias do Acre, Carlos Sasai. “Nessa nova fase que vive o Acre, o Governo do Estado estabeleceu como meta a industrialização, o que demonstra compromisso com desenvolvimento”.

Outra declaração que aponta o otimismo da incipiente indústria acreana é o que Sasai classificou como “um bom ambiente fiscal”. Como gargalos, pode-se destacar da fala do presidente da Fieac a qualidade e o preço da energia elétrica, a qualificação da mão de obra com o surgimento de novas tecnologias e os encargos trabalhistas. “Atualmente, esses impostos representam um terço dos custos da mão de obra”, calculou Sasai.

Por problemas de horários no voo, o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Marcos Guerra, só pode falar com os empresários acreanos pela parte da tarde. Naturalmente, o tom foi outro.

“Ainda se faz muito pouco pela infraestrutura do país”, afirmou Guerra durante palestra. “No Espírito Santo, hoje, as empresas do mármore e granito não querem recursos”, garante. “Elas querem infraestrutura: portos melhores, estradas melhores. O Governo Federal ainda não fez como deveria fazer para acompanhar o crescimento de um país emergente”.

A palestra do presidente Guerra foi pontuada por questões legais ainda não apreciadas pelo Congresso Nacional e que “poderiam melhorar o ambiente para o setor industrial”. Cita como exemplo o Projeto de Lei 4.330/2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PR/GO), que trata da contratação de empresas terceirizadas.

“Ainda não há segurança jurídica para quem emprega no Brasil e, principalmente, para quem terceiriza serviços”, avalia Guerra que atua no setor têxtil. “Eu mesmo já tive que pagar encargos que a empresa terceirizada que eu contratei não pagou”.

Marcos Guerra também fez críticas à Lei de Licitações, a 8.666. “O governo não pode ter o menor preço como critério”, avalia. “Tem que ser o menor preço de uma indústria brasileira”. Com essa abordagem, o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo fez um despropositado elogio ao programa de Compras Governamentais do Governo do Acre.
No fim do encontro, foi elaborada a Carta da Indústria do Acre com algumas diretrizes para o desenvolvimento do setor.

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