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Com greve dos docentes, maiores prejudicados são os acadêmicos da Ufac

A Universidade Federal do Acre (Ufac) já está há mais de 2 meses em greve. Sem propostas para negociações, os professores ainda não sinalizam o fim da paralisação. Cerca de 8 mil alunos estão sendo prejudicados, comprometendo parte do ano letivo e atrasando a formação acadêmica de quem estava nos últimos períodos.

Para minimizar a situação, uma mudança no calendário acadêmico será realizada, explicou Renildo Moura, pró-reitor de graduação da Ufac. “A greve traz muitos prejuízos, principalmente para os alunos. O nosso trabalho é tentar reduzir estes prejuízos ao máximo. Temos algumas medidas a serem tomadas e uma delas é fazer o deslocamento do calendário acadêmico, mantendo todas as atividades previstas”.

O período de férias servirá para a reposição das aulas. “Estamos bastante conscientes do que deve ser feito. O período de férias será o mais prejudicado. Apenas haverá o recesso das festas do final de ano, do dia 23 de dezembro a 2 de janeiro. Tudo isso será feito para tentarmos melhorar a situação”, afirmou o pró-reitor.

Renildo explica que o ano letivo não será comprometido. “Não há cogitação do cancelamento do semestre. Já foi pago o maior percentual e estaremos encaminhando para a normatização interna da instituição, para verificar se conseguimos a integralização dos créditos pelo que já foi cumprido até agora”.

A greve atrasou, de certa forma, quem estava prestes a terminar o curso. “Desde o início da greve já há uma reflexão, pois sabemos que os prejuízos aos alunos são lamentáveis.

Entretanto, não podemos nos recolher e não entender a conjuntura. Isso é um fato. Os alunos não irão se formar no período normal, mas após a greve irão continuar os estudos para dar continuidade no curso. Não temos como evitar as muitas demandas judiciais que irão vir pra cá por conta disso. Porém, iremos responder todas sempre no sentido de preservar a legalidade. O final da greve será o marco para o começo da reprogramação no calendário”, concluiu Renildo.

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