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Decreto da presidência não intimida movimento grevista federal

 A presidente Dilma Rousseff assinou, na última quarta-feira (25), um decreto permitindo que os servidores federais em greve sejam substituídos por equivalentes estaduais. Apesar disso, os grevistas não se intimidaram e continuam paralisados não só aqui no Acre, mas em todo o Brasil.

 Há quase 70 dias em greve, os professores irão avaliar a prosposta enviada pelo Governo Federal. “O governo apresentou uma segunda proposta que será avaliada pela categoria em assembléia. Mesmo assim, eles estão mantendo a carreira destruturada e há uma perspectiva de seguirmos desse mesmo modo. Não vamos aceitar isso. A posição da Dilma em substituir os grevistas já era esperada, pois é um governo que está se colocando totalmente autoritário e não reflete um país democrático. A greve é um direito da constituição e a presidente está se negando a receber os trabalhadores. Iremos enfrentar sem nenhum problema, já que procuramos a reitoria da instituição não tem respostas para nós. Vamos aguardar um retorno até hoje”.

 O movimento grevista da Fundação Nacional do Índio fez uma manifestação em frente à Advocacia Geral da União (AGU) ontem. O motivo foi por conta da Portaria nº 303 da AGU publicada no Diário Oficial da União. “O Supremo Tribunal Federal estabeleceu 19 condicionantes para proceder com a demarcação contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol. A AGU normatiza essas condicionantes, atropelando o STF. Isso foi uma pressão da bancada ruralista, nos Estados onde a portaria afeta todas as terras indígenas. Aqui no Acre temos a terra do Rio Gregório e com essa portaria ela irá vetar a homologação da área. Outros casos de revisão irão ficar prejudicados. A portaria permite que o Exército, Força Nacional e Polícia Federal entrem nas terras indígenas sem autorização, permite a exploração de recursos quando considerarem que é de interesse da nação, desrespeitando a Convenção 169, que garante a consulta os povos indígenas, demonstrando abertamente a postura do governo. Isso gerou uma indignação de todos os setores da sociedade que trabalham com a causa indígena”, explicou Luana Almeida, funcionária da Funai.

 Já a greve dos eletricitários pode estar chegando ao final. “Depois de várias rodadas de nogociações, foi apresentado uma contra proposta. Não era aquilo que nós queríamos, mas atende parte das nossas negociações. É possível que a categoria suspenda o movimento”, afirmou Fernando Barbosa, diretor do Sindicato dos Urbanitários.

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