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Flanelinhas deverão ser regulamentados

FlanelinhaOs guardadores e lavadores de carros, mais conhecidos como flanelinhas, participaram de uma reunião com o Ministério Público Estadual, na última semana, com o objetivo de resolver problemas relacionados à categoria. A população tem denunciado que muitos extorquem, cobram indevidamente e ameaçam muitos condutores.

Na capital cerca de 600 pessoas atuam nessa área. A profissão foi criada pela Lei Federal nº 6.242/1975, sendo regulamentada dois anos depois por decreto. A legislação diz que só pode exercer a atividade quem estiver registrado no Ministério do Trabalho, não possuir antecedente criminal e se submeter a um curso de capacitação profissional. Por determinação do MPE, um cadastro deverá ser realizado e, além disso, os flanelinhas regularizados deverão usar um colete e crachá para identificação para se adequar às normas da legislação.

Marcos André Tiburco, 31 anos, é flanelinha desde jovem e trabalha no estacionamento da Catedral. Ele concordou com a nova determinação. “Acho certo que as coisas devem ser feitas regularmente. Somos mal vistos pela sociedade por causa de outros flanelinhos que atuam errado. Sou sindicalizado e tenho todos os meus documentos para comprovar. Preciso desse emprego porque tenho uma família para sustentar e não é justo sermos punidos por causa de pessoas que não sabem trabalhar dignamente. Ganho cerca de um salário mínimo por mês, mas se tivesse oportunidade iria trabalhar em outra área”.

O flanelinha não pode cobrar pela vaga de estacionamento em via pública e o proprietário do veículo tem o direito de aceitar ou não o serviço oferecido, pagando a quantia que quiser. Antônio Gomes trabalha há 5 anos na profissão e disse que já viu muitos colegas agirem de forma errada. “Outro dia roubaram a câmera digital de um policial e nós tivemos que pagar. Infelizmente, por causa de uns a gente “paga o pato”. Eles costumam cobrar um valor fixo em um estacionamento de shows, mas o cliente paga ao quantia que ele achar necessária. Acho correto que quem esteja irregular não trabalhe”.

Quem descumprir a legislação poderá ser detido. Não são admitidas extorção, ameaças, contrangimento ou imposições praticadas pelos flanelinhas. As Polícias Militar e Civil e o MPE irão trabalhar para evitar qualquer tipo de abuso ou crime.

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