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Governo Federal cancela reuniões com servidores em greve

O Ministério do Planejamento informou hoje, 31, aos servidores federais em greve que todas as reuniões agendadas para as negociações com as categorias estavam canceladas e que só serão convocadas a partir do dia 13 de agosto. Indignados com a negativa do Governo Federal, servidores em todo o país intensificaram o movimento grevista.
Greve Incra - F.Alexandre Noronha 1
Em Rio Branco não foi diferente. Os servidores promoveram, no Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o ‘Dia de Luta’, uma forma de pressionar o governo para dar início às negociações.

De acordo com Pedro Nazareno, presidente do sindicato dos servidores públicos federais, o governo alega não ter condições de negociar. “A data de ontem era a garantia de negociação e simplesmente o governo tirou da pauta e marcou para o dia 13 a 17 para negociar. Eles já tiveram um grande período e sabiam que isso iria acontecer. Garantiram para nós a negociação e na última hora chegaram dizendo que não terá reuniões por não estarem preparados para isso”.

O sindicalista afirmou que os servidores públicos não são prioridades. “A presidente Dilma Rousseff está brincando com isso. Não está colocando em primeiro lugar o caso da greve nacional. Ela acabou de ir para a abertura das olimpíadas e levou todo o secretariado. A responsabilidade em relação ao nosso país está deixando a desejar. Nos últimos dias, ela deu um incentivo de R$ 2 milhões aos empresários, enquanto o servidor público não tem nada”.

Uma solução deve ser encontrada até o final deste mês. “Até o dia da negociação, vamos intensificar a greve. Temos até o final de agosto, que é quando o governo tem o período para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Depois disso, não temos como continuar. Ainda temos praticamente 1 mês de greve. Caso não seja aprovado, a nossa luta irá continuar com toda a categoria. A presidente está procurando enfraquecer o movimento desta vez. Mas se algo não for feito, com certeza no próximo ano nosso movimento virá muito mais forte. Ela está menosprezando a capacidade dos servidores de lutar pelos seus direitos”, concluiu Pedro.

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