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Índice de infestação para mosquito da dengue do ano aponta redução de 72% na capital

O município de Rio Branco apresentou o menor Índice de Infestação Predial (IIP) desde 2010 (2,87%), resultado observado no último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado entre os dias 18 e 22 do mês passado.
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A partir de 4 de janeiro deste ano, quando o governador Tião Viana propôs, junto com as secretarias de Saúde do Estado e do município, um desafio com o lançamento da campanha “A Guerra Não Pode Parar. Secretarias Unidas no Combate à Dengue”, dezenas de medidas conjuntas e unificadas de combate à doença e à proliferação do mosquito foram desencadeadas por organizações sociais e governamentais em continuidade às que haviam sido iniciadas no início de seu mandato, como primeira ação de governo.

Ao comparar o índice verificado em dezembro de 2011 com junho de 2012, a redução no IIP na capital é de 72%, abaixo do proposto pelo governador para que fosse decretado um feriado de três dias aos servidores públicos caso a redução atingisse 80% até maio. Mas o número é considerado uma vitória da saúde pública ao avançar com ações concretas de combate aos criadouros do mosquito e diminuindo a possibilidade de uma epidemia da doença. Em janeiro, o IIP era de 10,8% em Rio Branco. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices acima de 1% são indicadores de risco iminente de epidemia.

A secretária de Saúde do Estado Suely Melo lembrou na ocasião que a mudança de atitude da população em fazer vistorias periódicas no quintal e dentro das suas casas contribuiu bastante para a redução da proliferação do mosquito. Por isso a campanha reforçou a atuação dos agentes de endemias, dos 500 integrantes da comunidade (líderes comunitários selecionados por associações de moradores e contratados para atuar em seus bairros), servidores públicos e trabalhadores da saúde, na verificação domiciliar de possíveis criadouros.

Mapa do risco – No Mapa do Risco de incidência, alguns bairros ainda apresentam índices preocupantes, como os que compõem o extrato 7. Nesse grupo estão os bairros Raimundo Melo, Placas, Vila Nova, Wanderley Dantas, Loteamento Novo Horizonte, Montanhês, Tancredo Neves, Jorge Lavocat, Defesa Civil, São Francisco e Irineu Serra, por exemplo.

Os extratos 3 (Quinze, Triângulo, Triângulo Novo, Centro do 2º Distrito, Seis de Agosto, Cidade Nova) e 10 (Abraão Alab, Ivete Vargas, Preventório, Castelo Branco, Bela Vista, Mascarenhas de Morais, Esperança, Estação Experimental, Jardins Europa e de Jardim de Alah) também estão com índices acima de 3,9% de IIP. Essas regiões, prioritárias para atuação dos agentes, são comunidades em que a população deve ser ainda mais atuante, pois são as que apresentam maior infestação por depósitos como caixas d’água, cisternas, poços e outros reservatórios usados em obras e hortas cuja limpeza é de responsabilidade de cada morador. Em segundo lugar estão os vasos de plantas com água, recipientes de degelo das geladeiras e bebedouros.

Apesar da redução drástica no IIP em Rio Branco, o esquema de alerta no combate aos criadouros e ao mosquito não para. “A redução de 72% ainda está abaixo do estabelecido pelo gestor, mas é uma resposta importante frente aos investimentos feitos pelo Estado e pelo município, de forma que as ações continuam”, diz a gerente do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, Izanelda Magalhães, que destaca o fato de o Acre não ter vivenciado a epidemia prevista pelo Ministério da Saúde devido ao conjunto de medidas adotadas pelo governo do Estado em apoio à prefeitura de Rio Branco para diminuir a incidência, que baixou de 9.167 casos notificados para grupo de cada 100 mil habitantes em 2011 para 1.003 em 2012. (Assessoria Sesacre)

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