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Mesmo com ameaça de corte de ponto e salário, servidores federais continuam em greve

Greve federalO Ministério do Planejamento repassou aos órgãos públicos, nos últimos dias, que o governo irá cortar o ponto dos servidores federais em greve. Foi alertado aos órgãos públicos para a necessidade de cumprir a lei de greve (Lei 7.783, de junho de 1989) que vale para os trabalhadores do setor privado e é aplicada ao funcionalismo na falta de uma lei específica para a categoria.

No Estado, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal do Acre (Ifac) estão em greve.

De acordo com Pedro Nazareno, presidente do sindicato dos servidores públicos federais, essa notícia foi uma estratégia para acabar com a greve. “Estamos tentando na parte jurídica para ver se podemos entrar com um mandado de segurança, pois a greve é um direito legítimo constitucional. Isso é uma forma de amedrontar os servidores, estamos vendo que podemos reforçar a paralisação”.

Apesar da pressão, os servidores ainda continuam com as atividades paralisadas. “Ao invés do servidor recuar, ele está querendo aumentar o poder de greve. O governo abriu uma agenda de negociação com o servidor federal. Eles estão vendo que a greve está fortalecendo a cada dia. Ninguém aqui recuou ou ficou amedrontado”, afirmou o presidente do sindicato.

As negociações com os servidores não foram interrompidas. A data limite é 31 de julho para concluir os estudos sobre a possibilidade de conceder o reajuste salarial. O prazo é 31 de agosto, data final para enviar o projeto do Orçamento para 2013 ao Congresso Nacional. As reivindicações são variadas: novos concursos públicos, contratação de mais servidores, criação de plano de carreira, data-base das categorias e melhores condições de trabalho.

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