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Militares do DF ganham indenização pra vir ao Acre, mas nunca pisaram aqui

get imgO Governo do Distrito Federal (DF) está exigindo o ressarcimento aos seus cofres públicos de mais de 100 militares (bombeiros e policiais) aposentados da corporação daquele Estado. Estes militares declararam que viriam morar em Cruzeiro do Sul e outros municí-pios acreanos para receber um benefício indenizatório, concedido no ato de aposentadoria, para a mudança de cidade. Só que nenhum deles nunca pisou no município acreano. Eles continuam morando em Brasília.

Ao todo, o Governo do DF passou um ‘pente fino’ nas suas contas e está pedindo uma devolução de R$ 20,6 milhões aos seus cofres públicos de 732 militares (entre eles, os mais de 100 que alegaram que viriam para o Vale do Juruá, no Acre). Entre eles, 376 são policiais e 356 são bombeiros. Dos bombeiros, 79 deles declararam que viriam a Cruzeiro do Sul. Dos policiais, cerca de 33 deles disseram que morariam no Acre.

 cobrança do Executivo veio após uma inspeção do Tribunal de Contas daquele Estado.

Pela média dos salários, o valor das indenizações seria de R$ 281.420,80 para cada militar. Mas, vale destacar, estas indenizações variam de acordo com cada pedido feito. Isso explicaria o fato de que a maioria dos militares que não se mudaram terem pedido de indenizações para locais mais afastados de Brasília e próximos de áreas de fronteira, tais como Boa Vista/RR (160 militares); Tabatinga/AM (205 militares), na fronteira com a Colômbia; Natal/RN (26 militares). Cruzeiro, no Acre, é atrativo por ser área de fronteira com o Peru.

De acordo com o secretário de Transparência do Distrito Federal, o processo contra todos os 732 militares é para acabar com uma velha cultura de militares que atuam em Brasília. “A pessoa ia para a reserva e o militar já achava que tinha direito a este benefício, já contava com isso como se fosse algum abono quando ele estivesse se aposentando”, disse Higino.
O chefe dos bombeiros do Distrito Federal, Cel. Mauro Sérgio Oliveira, concordou com a ação do Estado e disse que é importante que os militares processados devolvam o dinheiro da indenização ou sejam penalizados. Segundo ele, são poucos, uma ‘minoria’, na corporção que ainda usam deste artifício ilegal. (Com informações do G1)

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