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ONG Criança Segura constata que o Acre não tem atropelamentos de menores

 Preocupada com as ações públicas para evitar acidentes com menores no trânsito, a ONG (Organização Não Governamental) Criança Segura fez um estudo, com base nos dados do Ministério da Saúde e do Detran de 2010, para descobrir as principais causas da morte de crianças no trânsito. Segundo o relatório analítico da ONG, 19.453 crianças de 0 a 14 anos foram vítimas fatais do trânsito em todo o país. Destas, 38% (ou seja, 7.392 crianças) foram internadas, vítimas em acidentes relacionados a atropelamentos.

 De acordo com o estudo da Criança Segura, o Acre, juntamente com Roraima, são os 2 únicos estados que não têm acidentes de atropelamento de menores registrados. Isso, segundo a entidade, pode significar duas coisas. A primeira é que pode estar havendo uma deficiência do Ministério e do Detran para notificar os casos de atropelamentos e suas sequelas nestes estados. A segunda é que a organização no trânsito das cidades destes estados dificulte a ocorrência de menores entre 0 a 14 anos de serem atropelados.

 Na outra ponta da tabela, a ONG afirma que os campeões de mortes por atropelamento no trânsito são Sergipe, Tocantins, Goiás e Santa Catarina. Todos apresentam taxas de acidentes de crianças acima de 2,6 casos por cada 100 mil habitantes. O Amapá é o Estado com o menor índice: 0,9 casos por 100 mil habitantes (só não é menor do que a do Acre e de Roraima).

 De acordo com a ONG, as crianças são mais vulneráveis ao atropelamento porque estão expostas a condições no trânsito brasileiro que estão além da sua capacidade de percepção do risco (referente à velocidade e distância dos veículos, visão periférica limitada, direção dos sons, etc). Ainda segundo a Criança Segura, os menores só adquirem maior capacidade de julgamento com mais de 10 anos. Por isso, os responsáveis devem supervisionar atentamente seus filhos até que eles passem, pelo menos, desta idade.

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