Policiais Civis realizaram, na manhã de hoje, uma assembleia geral. O objetivo da reunião é a exigência de nível superior para o concurso público da Polícia Civil. O governador Tião Viana enviou um projeto de lei no dia 05 aos deputados exigindo que o concurso da Polícia Civil exija nível superior para 2013. Policiais de Sena Madureira, Xapuri, Brasiléia e Epitaciolândia também participaram da assembleia.
De acordo com Itamir Neves, presidente do Sinpol/Ac, há dois anos a lei foi aprovada e seria correto exigir o nível superior a partir de 2011. “Estamos falando há algum tempo sobre o concurso de nível superior, que já está em lei desde 2010. Isso é um assunto gasto e infelizmente não é por nossa conta, porque o Governo deveria cumprir a lei que ele mesmo enviou para a Assembleia Legislativa e que foi aprovada por unanimidade. Estávamos acompanhando os trabalhos da assembléia para conversar com os deputados e buscar o que nós queremos. Na última quinta-feira foi encaminhado da Casa Civil para a Aleac um projeto de lei que aprova concurso de nível superior apenas em 2013, ou seja, não estão cumprindo o que a lei determinou”.
Itamir afirmou que o quadro efetivo chega a 1.100 trabalhadores e que no interior faltam muitos policiais. “A Polícia Civil necessita de um concurso, o efetivo está defasado, policiais se aposentam todos os dias. O governo está querendo empurrar uma lei e não vamos aceitar. Buscamos mecanismos de diálogo, procuramos o secretário de Polícia Civil e os assessores do governo. Encaminhamos um documento ao Tião Viana e aos deputados. Ninguém nos recebeu para tratar a pauta de interesse da categoria e da sociedade. Tem municípios que apenas um policial tira plantão durante 24 horas”.
Em três anos, metade do quadro de funcionários irá se aposentar, explicou o sindicalista. “O último concurso para agente de polícia foi em 2006 e a turma entrou em 2008 e para escrivão foi em 2007 e os aprovados entraram em 2009. Temos um quadro que entre 2014 e 2015 cerca de 500 policiais irão se aposentar, sendo que o nosso quadro efetivo é de mil pessoas em todo o Estado. Por mais que o concurso venha com 250 vagas, isso não vai suprir as necessidades e as demandas”.
Os policiais exigem que o projeto não seja votado e se for o caso, uma greve será realizada. “Agora manifestamos, buscando o apoio dos deputados. Precisamos que eles nos ouçam e nos recebam. Se for haver algum projeto para fazer a alteração na lei, que seja em acordo e conversado com a categoria. Nós merecemos respeito.
A nossa exigência número um, que esse projeto seja retirado de pauta e que não tenha riscos de ser votado. Nós vamos acompanhar esse trabalho. Se for ao contrário da nossa decisão, vamos deliberar uma greve. Vamos fazer um ato com responsabilidade, comunicando a sociedade. Somos uma categoria importante, que presta bons serviços e com honestidade”, concluiu Itamir.
