Após todo o alarde para deflagrar um movimento grevista nesta semana, os policias civis do Estado, organizados pelo seu sindicato (o Sinpol), decidiram ontem (16), após reunião com o líder do governo na Aleac, deputado Moisés Diniz, suspender sua greve. Por maioria, a categoria optou pelo bom senso de negociar com as equipes do governo e decidiram aceitar as negociações antes de partir para atos mais extremos. 
Itamir Neves, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol), explicou que a greve foi constituída por conta do não cumprimento da lei. A obrigatoriedade do nível superior para o concurso público valerá somente em 2013.
“Avisamos que, caso a lei fosse ‘atropelada’, iríamos entrar em greve. Explicamos a nossa posição ao governo e aguardamos a negociação. E ela veio. Temos várias pautas, mas a principal é a homologação do concurso para nível superior. Como eles derrubaram o concurso e só o deixaram possível para 2013, então cobramos uma postura oficial do governo para que não dê brechas para fazer este concurso sem que não seja de nível superior e que ele dê o enquadramento que a categoria merece. A partir de agora, vamos negociar querendo algo concreto”.
A decisão da classe atendeu a postura aberta do governo. De acordo com declaração do, secretário de Estado da Polícia Civil, Emylson Farias, só haveria negociação se a greve parasse. “Greve é o caminho do esgotamento do diálogo, do consenso e da falta de convergência de ideias. A postura do governo é a de negociar só com o fim da greve”.
Ainda segundo Itamir, a partir de agora o Sinpol vai montar um grupo de trabalho para seguir firma nas negociações com o governo. A partir desta quarta-feira o grupo já deve ser montado. Ele também adiantou que a categoria espera algumas soluções mais sólidas para as suas pautas de reivindicações até a próxima semana.
Já a greve dos eletricitários é a nível nacional. A categoria pede o reajuste salarial, disse Fernando Barbosa, presidente do Sindicato dos Urbanitários. “A principal reivindicação da categoria é o ganho real. Estamos solicitando da Eletrobras a média do aumento de consumo dos últimos 3 anos, que é algo em torno de 3,5%. Infelizmente, na última reunião, realizada no dia 11, a empresa se negou a dar este reajuste. Não temos indicativo de voltar a negociar e a categoria decidiu que só irá parar a greve quando a Eletrobras tiver uma proposta”.
No Estado, atuam cerca de 500 profissionais nas áreas de geração e distribuição de energia. Rosenildo Melo, eletricitário, informou que a greve não irá prejudicar a população e nem a exposição. “Vale ressaltar que a paralisação não vai atingir a população. O sindicato garantiu fazer a manutenção e a distribuição na casa de cada acreano. Durante a Expoacre, caso ocorra algum problema. Equipes estarão de plantão. A população não será punida e sim a empresa”.