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Servidores federais em greve realizam fórum

Mesa redondaServidores públicos federais da Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Federal do Acre (Ifac), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Vigiância Sanitária (Anvisa) realizaram, na manhã de ontem, o Fórum Regional dos Servidores Públicos Federais em greve. A reunião teve como objetivo debater e verificar as próximas ações.

Pedro Nazareno, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), explicou que o Governo Federal continua afirmando que não existem formas de negociação. “Estamos fazendo uma avaliação do movimento e fortalecendo. Agora recebemos a Anvisa e a Anatel, que irão também entrar em greve. Vamos intensificar com mais órgãos para aderir a greve também, em função da intransigência do governo em não negociar conosco. Esse movimento de reinvidicação não é de hoje, está na mesa nacional e eles continuam afirmando que não há condições de negociações, mas nós sabemos que existem sim recursos, pois nem todos os órgãos querem tabela salarial. Muitos querem apenas a melhoria na estruturação”.

A Anvisa é um dos órgãos que irá aderir a greve. Luiz Carlos Soares, servidor do órgão, afirmou que foram várias tentativas de negociação sem sucesso. “Estavamos em negociações, sentamos três vezes com o Ministério do Planejamento e apresentamos as reivindicações. A nossa pauta estava protocolada desde 2008 naquele ministério. Não nos dão nenhuma resposta, só nos ouvem. As negociações não avançaram. Os 27 Estados fizeram assembléias e deliberaram a deflagração da greve a partir de segunda-feira, 16, das 10 agências reguladoras. A greve irá prejudicar as importações, liberações de medicamentos, substâncias e equipamentos hospitalares, vacina aos que irão viajar para fora do Brasil. Vamos atender apenas aquilo que for essencial”.

Já os representantes de professores em greve das instituições federais de ensino foram recebidos hoje, 13, pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Lenilda Faria, do comando de greve da Ufac, afirmou que agora estão no aguardo da apresentação da contra proposta do Governo Federal.

“Estamos há quase dois meses em greve e as nossas mobilizações em todo o Brasil tem sido bastante intensa. Entendemos que o governo estava negligenciando em não negociar com a categoria. Uma reunião foi realizada ontem e agora estamos na espera, que propostas sejam apresentadas. No entanto, não temos a ilusão de que nossas reivindicações sejam atendidas já nessa primeira reunião.

Somos perseverantes e confiamos no nosso poder de mobilização. Entendemos que a valorização da carreira docente e as condições de trabalho dos professores necessitam de investimentos. O governo precisa entender que se trata de educação, que é a prioridade. As políticas atuais não deixa claro o interesse na melhoria. Os servidores, estudantes e professores estão firmes nas reivindicações para que possa vir dar dignidade a essa instituição, que tanto contribuiu para com a profissionalização da população”, concluiu.

 

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