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Servidores federais em greve se unem em protesto unificado

Federais-servidoresServidores da Universidade Federal do Acre (Ufac), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Federal do Acre (Ifac) realizaram um grande ato público em frente à Aleac ontem (4). O objetivo da mobilização foi mostrar à população os reais motivos da greve destes órgãos.

De acordo com Pedro Nazareno, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, até o momento o Governo Federal não realizou as negociações com as categorias. “Essa manifestação é um ato nacional. Com o movimento paredista, vamos mostrar ao governo a nossa indignação contra esse desmonte no serviço público, que está em uma corrida galopante. Já nos mobilizamos, fizemos tudo o que tinha de ser feito, comunicamos tudo ao governo e ele está sendo intransigente conosco. Estamos mostrando à população o fator da nossa greve. Hoje todas as instituições estão mostrando o seu ‘grito’ de protesto”.

Na ocasião, foi lançado o Fórum Estadual dos Servidores Públicos Federais, explicou Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve da Ufac. “Lançamos o fórum e entendemos que já passa da hora de abrirmos este debate com a sociedade. Há muito tempo vivemos em um processo ampliado de desmonte do serviço público. A política educacional superior, a ambiental, agrária e indígena estão sendo desmontadas. Vamos juntar as catego-rias, que têm hoje o seu trabalho e dignidade tiradas pelo Governo Federal, além de condições salariais baixas. Juntamos as nossas vozes e fortalecemos a luta em defesa do patrimônio público e das nossas reivindicações específicas”, explicou.

A Ufac foi uma das primeiras instituições federais a ini-ciar a greve. Há quase 40 dias em protesto, cerca de 6 mil estudantes da universidade estão sem aulas. “Os professores têm uma greve específica, diferenciada das outras categorias, mas hoje estamos marchando unificados para que o governo saia do silêncio e abra uma negociação ampliada com todas as categorias. Isso é fundamental. Não dá mais para aceitarmos este descaso. Hoje 56 universidades e 38 institutos federais estão paralisados, que são mais de 95% de instituições de ensino superior sem aulas e que prejudicam milhares de estudantes em todo o país. É um absurdo e vamos começar a veicular neste processo de mobilização esse silêncio e omissão irresponsável do governo com a eleição que está vindo. A população não pode continuar elegendo quem não tem compromisso com o serviço público e com a própria sociedade”, concluiu Gerson.

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