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Receita Federal apreende US$ 30 mil de comerciantes bolivianos na fronteira

A Receita Federal, em parceria com a Delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia e a unidade de Vigilância Agropecuária (do Ministério da Agricultura), realizou uma grande operação na região de fronteira com a Bolívia.
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O trabalho começou às 4 horas da manhã. Na chegada dos bolivianos às barracas instaladas em Epitaciolândia, os comerciantes já eram informados do que estava acontecendo. Não houve nenhum tipo de resistência. Estima-se que o volume de mercadorias deve somar US$ 30 mil.

Alguns taxistas brasileiros que estavam realizando o trânsito de mercadorias de forma irregular também foram autuados. “Tudo ocorreu sem nenhum tipo de problema mais grave”, informou o assessor de imprensa da Receita Federal em Rio Branco, Marcus Vinicius Nali Simioni.

Sobre a possibilidade de haver ações estruturantes para evitar que comerciantes bolivianos vendam produtos em território brasileiro, Simioni foi categórico. “O que pode ser feito é continuar o trabalho de controle e repressão”.

Não há garantias de que o problema não venha a se repetir. Não há controle migratório na região de fronteira entre Epitaciolândia, Brasiléia e a Bolívia. O trânsito de pessoas é livre. Isso, associado à carência de pessoal nos órgãos federais, dificulta o rigor na fiscalização sistemática.

A própria classe empresarial de Brasiléia e Epitaciolândia já reivindicava essa ação da Receita Federal. Os comerciantes brasileiros avaliam que a presença dos bolivianos em Epitaciolândia é prejudicial para quem atua legalmente do lado de cá da fronteira.

A Vigilância Agropecuária, órgão do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, foi acionada porque muitos produtos comercializados pelos bolivianos eram alimentos perecíveis e também enlatados. O ingresso desses produtos em território brasileiro exige o respeito a um conjunto de normas previstas em lei.

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