Em entrevista a uma TV local segunda a noite, a deputada federal Antônia Lúcia (PSC) anunciou que vai à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC) denun-ciar a juíza da 1ª Zona Eleitoral, Maha Manasfi Manasfi, por abuso de poder e perseguição. Só que, segundo a assessoria de imprensa do TRE, a Corregedoria do tribuna não recebeu nenhum documento neste sentido, até o fechamento deste edição.
Antônia Lúcia, que é candidata a prefeita de Rio Branco, já teve o mandato de deputada cassado pelo TRE e aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, o promotor Eleitoral Rodrigo Curti impugnou a candidatura de Antônia Lúcia a prefeita. Na semana passada, a Polícia Federal esteve na casa e no escritório dela, por determinação da juíza Maha Manasfi Manasfi.
A deputada foi denunciada pelo presidente do PRTB, Antônio Gouveia, o ‘Tijolinho’, por falsidade ideológica. Antônia Lúcia teria falsificado as assinaturas de Tijolinho e da filha na ata da convenção da coligação pela qual ela é candidata à prefeita. A PF busca provas para determinar se houve a falsificação nas assinaturas.
Em nota oficial publicada ontem, o TRE repudiou a atitude da parlamentar com relação às críticas feitas contra a juíza Maha Manasfi. A nota reafirma a transparência, ética e honestidade dos membros da Corte Eleitoral.
Os problemas de Antônia Lúcia começaram durante as eleições de 2010. Um mês antes das eleições, a Polícia Federal descobriu uma caixa de papelão com quase meio milhão de reais, que supostamente teriam sido enviadas pelo marido de Antônia Lúcia, o deputado federal Silas Câmara, para o Acre. Em novembro do ano passado, o diploma de deputada federal de Antônia Lúcia foi cassado pelo TRE. Ela agora aguarda a decisão de Brasília para se manter no mandato. Enquanto isso, a deputada se debate e compra briga com a Justiça Eleitoral.