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Polícia Federal diz que não vigia o governo, mas está ‘de olho em tudo’ sobre eleições

PF de olhoO superintendente da Polícia Federal do Acre, Marcelo Sálvio Rezende, disse que a instituição não está vigiando o Governo do Estado em busca de provas de favorecimento do candidato a prefeito de Rio Branco apoiado pela base governista, Marcus Alexandre. Ele explica que a polícia utiliza equipamentos (como câmeras) para filmar eventos “se houver algum interesse para a Polícia Federal, mas não estamos vigiando o governo ou qualquer outro candidato”.

Com relação às eleições, ele relata que a PF pode agir se ‘provocada’ pelo Ministério Público Eleitoral, ou pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ou por conta própria (de ofício, desde que haja casos de flagrante de crime eleitoral), ou ainda pode atender a denúncias passadas, por exemplo, por telefone. Rezende, no entanto, não deixa claro o porquê de um evento onde estava o governador Tião Viana ter sido filmado recentemente. 

Marcelo Sálvio diz que nesta eleição a Polícia Federal vai atuar de forma pró-ativa, agindo preventivamente e garantindo que as investigações sejam feitas logo que os fatos ocorram. Segundo ele, o grande problema das investigações de crimes eleitorais é que os processos são instaurados tardiamente, o que dificulta a oitiva de testemunhas e a busca por provas.

A instituição já recebeu reforço de um delegado e agentes para atuar no período eleitoral e mais policiais vão reforçar o quadro da PF no Acre. O objetivo é garantir a presença policial em todos os municípios. De acordo com o superintendente, aonde a Federal não chegar, vão estar policiais civis e militares.

Com relação a denúncias, Marcelo Sálvio diz que a PF verifica se os fatos relatados merecem crédito. Ficam atentos aos detalhes para dar início a alguma investigação.   A PF não conta com telefone exclusivo para atender denúncias, mas as ligações podem ser feitas para o número 3212 1200 e a PF garante sigilo quanto ao nome do denunciante.

No Acre há 2 meses, o superintendente espera que as eleições no Estado sejam tranquilas, mas se preocupa com a eleição de Boca do Acre, no Amazonas, que também estará sob a responsabilidade da superintendência acreana. “O histórico de Boca do Acre é mais preocupante do que o daqui. Mas vamos estar atentos a tudo”.

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