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Deixando acontecer

Como este jornal mostrou ontem, uma das praças da Capital vem sendo tomada aos poucos por pessoas que consomem drogas à luz do dia e depois se deitam nos bancos ou mesmo no chão para “curtir” seus efeitos. O detalhe é que a praça foi recentemente reformada pela prefeitura e os moradores não podem usá-la, alegando temer o contato com os novos inquilinos.

Qualquer semelhança com situações que estão sendo vividas em outras grandes capitais do país não é mera coincidência. Ou seja, também aqui, começam a surgir as famigeradas “craco-lândias”, que tantos problemas vêm causando a essas cidades.

No começo é assim mesmo. Começam com poucos usuários. Depois, vão chegando mais, cada vez mais numerosos até demarcarem seu “território”, causando todo tipo de problemas que se conhece e que diariamente são mostrados às escâncaras pelos meios de comunicação.

Só quem não se dá conta dessas feridas ou chagas que vão se abrindo em plena cidade são as autoridades de todos os níveis. Ou por omissão ou por falta de uma política pública para tratar a questão vão deixando acontecer.

Pior é que alguns segmentos, por uma visão equivocada, se mostram complacentes e  coniventes com a situação, sob alegação de que se trará de um problema social. Evidentemente que se trata de um problema social, mas nem por isso deve ser aceito e tolerado como se não houvesse nada a fazer. Por exemplo, em combater o tráfico que alimenta esses usuários. 

Categories: EDITORIAL
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