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Parou no tempo

Independentemente do resultado da eleição de ontem para reitor, a Universidade Federal do Acre precisa fazer uma avaliação profunda sobre o papel que vem desempenhando nos últimos anos no Estado, envolvendo todos os segmentos – direção, professores, servidores e estudantes.

Aliás, no próprio processo de escolha de seu novo dirigente muitas questões já foram levantadas, apontando para a necessidade de a universidade inserir-se na sociedade e, sobretudo, voltar seus estudos, pesquisas e atividades dentro do contexto amazônico.

Não há como negar que a universidade que, em anos passados, já foi um centro de efervescência no debate e mesmo em intervenções sobre as questões locais e regionais, parou no tempo, no meio do caminho, e atualmente se transformou em uma instituição burocrática. Poucas atividades e pesquisas têm sido desenvolvidas capazes de influenciar os diversos setores da sociedade, de modo particular, no desenvolvimento regional.

De uma instituição de ensino superior, localizada em plena Amazônia, a sociedade espera uma contribuição mais efetiva, considerando o vasto campo de pesquisas que a região apresenta e está exigindo rumos e intervenções sociologicamente e ambien-talmente recomendadas.

Este é o grande desafio que se apresenta aos novos dirigentes da instituição, inclusive o de buscar os recursos para que isso aconteça.

Categories: EDITORIAL
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