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Acre teve menor taxa de sobrevivência das empresas do Brasil, aponta o IBGE

 Há empresas que sobrevivem por anos e anos (até décadas) no Acre. Elas, no entanto, não são maioria no Estado. Pelo menos é isso que indica o estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na manhã desta segunda-feira, dia 27. Intitulado Demografia das Empresas do Brasil, o levantamento do instituto revela a conjuntura de abertura, saída e perfil das empresas no país, nos anos de 2009 e 2010. No Acre, a taxa de sobrevivência de empresas foi de 62,3% em 2010, sobre o ano anterior. É o menor desempenho percentual do país.

 Detalhando os dados locais, o Acre fechou 2010 com 8.766 empresas atuantes (das quais 5.454 delas estavam operantes em 2009). Destas, 3.312 firmas entraram no mercado (empresas novas), o que representa 37,8% do total de unidades em açao, e 1.732 pararam de atuar (faliram ou se retiraram do mercado local), o que equivale a 19,8%.

 Segundo o IBGE, o Acre tem um índice de sobrevivência de empresas em seu mercado 15,6% abaixo da média nacional. De fato, das 4,9 milhões de firmas em atuação no Brasil em 2010, 3,8 milhões já estavam em ação em 2009 (equivalente a 77,9% delas), sendo que 1.078,8 mi foram de empresas que entraram no mercado (22,1% sobre 2009) e 792 mil saíram dele (16,2%). Em comparação com a média de sobrevivência das empresas na região Norte (71,5%), o Acre não fica assim tão atrás: apenas 9,2 pontos percentuais abaixo.

 Logo à frente do Acre no ranking das menores taxas nacionais de sobrevivência em 2010 sobre 2009, vieram os Estados do Amapá (65,1%) e do Amazonas (68,2%). Do outro lado, os lugares com as melhores sobrevivências de suas empresas, de acordo com o IBGE, são: Santa Catarina (82,1%), São Paulo (79,3%) e Rio Grande do Sul (79,2%).

 Da geração de trabalhos assalariados das empresas, o Acre também figura no estudo entre as piores performances do país (o que não seria surpresa, uma vez que este fator está diretamente ao desempenho da sobrevivência das empresas e ao tamanho do Estado). Conforme o IBGE, as empresas acreanas foram responsáveis por gerar um ganho de pessoal assalariado em 2010 só 0,3% superior do que em 2009. Apenas Roraima (0,2%) tem um índice menor do que o do Acre e o Amapá (0,3%) empata. A lista dos menores ganhos fecha com Roraima (0,5%). Na outra ponta, aparecem: São Paulo (29,6%), Minas Gerais (10,0%) e Rio de Janeiro (8,8%).

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