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Alunos fazem manifesto durante a eleição para a reitoria da Ufac

Ufac2208Um grupo de estudantes realizou, na manhã de ontem, um manifesto durante as eleições para a reitoria da Ufac. Os manifestantes interditaram a entrada do campus em Rio Branco para chamar a atenção de quem estava indo votar.

Jorge Neto, acadêmico do curso de História, explicou o motivo da revolta dos estudantes. “A gente entende que essa é uma eleição arbitrária. Por mais que tenha sido decidida em um conselho, estamos em meio a uma greve e o contigente de estudantes é minúsculo para decidir isso. As assembleias de professores e funcionários sempre estão cheias de pessoas que fazem parte das chapas. Isso não deveria acontecer. O nosso direito deveria ser garantido. Estivemos presentes nos conselhos e não fomos ouvidos. Se for preciso, vamos acionar o Ministério Público Federal, pois essa eleição não deve ser válida. Eles têm medo que o interventor federal venha para cá, pois, assim, ele teria um poder sobre os professores e técnicos. O interventor, indicado pelo MEC, não pode fazer nada de pior, como os candidatos que ‘lesaram’ a universidade por vários anos e agora querem se reeleger”.

Para cumprir o prazo estabelecido, a eleição teria de acontecer até ontem, explicou Isla Mansour, presidente da comissão eleitoral. “Já havia uma manifestação pelas redes sociais e já estavámos sabendo que algo iria acontecer. Surpreendeu-nos apenas pela quantidade de alunos. Esperávamos uma movimentação mais representativa. Eles acham que a eleição no momento de greve seria um golpe, mas na verdade eles não conseguem compreender que não existe nenhuma legislação que faça exigência de que haja a eleição com a comunidade universitária. O colégio eleitoral especial pode indicar três nomes para compor a lista tríplice e encaminhar, dentro do prazo estabelecido, para que a presidente da República faça a nomeação. Entedemos que há uma necessidade de compor uma lista de uma forma mais democrática, amplia essa decisão e faz uma consulta a comunidade universitária, ou seja, coloca nas mãos de todos a escolha do reitor”.

O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Maik Araújo, afirmou que o grupo manifestante não representa os alunos da universidade. “Infelizmente, a gente vê uma manifestação de 4 alunos que dizem representar um universo de 12 mil. Eles nem se representam a si. Enquanto a gente luta para mobilizar os estudantes, eles lutam ao contrário, porque se estivesse acontecendo as aulas, eles estariam pregando o voto nulo. Eles não representam nada”.

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