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Aprovado projeto que promove políticas públicas de gênero para as mulheres indígenas

desfrutando-das-técnicas-deO Governo do Acre, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPMulheres), aprovou um projeto de políticas públicas de gênero no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que tem como foco a inclusão produtiva das mulheres indígenas.

Durante a última semana a Secretária da SEPMulheres, Concita Maia, visitou as aldeias Amparo, Mutum e Nova Esperança, localizadas na Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório, com o propósito de apresentar a planta do Projeto, suas tramitações legais e conhecer a opinião de cada índia que será contemplada.

O Projeto aprovado pelo BNDES tem como objetivo fortalecer a autonomia econômica das mulheres indígenas e seu protagonismo na economia local, através da estruturação do sistema produtivo das atividades que culturalmente são desenvolvidas por elas. Três casas de produção serão construídas e equipadas com equipamentos necessários para a produção e transporte de artesanato em semente. Ao todo, noventa mulheres indígenas serão beneficiadas. Elas participarão de capacitações organizacionais e desfrutarão de oficinas de corte e costura, cooperativismo, associativismo, economia solidária e uso e manuseio das máquinas de produção dos artesanatos.

“Estamos querendo mudar ou interferir na cultura indígena local, que muitas vezes é mal compreendida. Entendemos que a realidade do povo que vive na floresta é diferente dos habitantes urbanos, por isso compreendemos a necessidade da divisão dos diferentes tipos de trabalhos executados entre mulheres e homens. Pensando assim e com a ajuda das próprias índias Yawanawás desenvolvemos um projeto que beneficiará a produtividade de artesanato feito por elas. Além de disseminar cultura e fazer a transversalidade do velho para novo entre as gerações”, afirmou a secretária Concita Maia.

Segundo o Agrônomo da SEPMulheres, Marinelson Brilhante, o governo dará todo o suporte técnico necessário para as aldeias. “Não vamos apenas entregar as casas, os equipamentos, as canoas e motores e deixarmos que elas resolvam quaisquer eventualidades sozinhas. Estaremos sempre fazendo visitas de acompanhar dos trabalhos das mulheres indígenas e prestando todo o apoio técnico necessário para que os grupos obtenham um excelente desempenho”, disse Brilhante. (Maria Meirelles / Ascom SEPMulheres)

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