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Aumento dos focos de calor deixa Governo em alerta

Fogo1108O mês de agosto deste ano já registrou 227 focos de calor. A situação deixou em estado de alerta os gestores da área ambiental do governo. Ontem, uma reunião foi acionada pela Comissão de Gestão de Riscos Ambientais (Cegdra) que já planejou cinco sobrevoos em diversas regiões do Estado.

Ainda não foi registrada chuva no mês de agosto. Em julho, choveu em apenas três dias. Os ventos estão mais fortes do que o normal. A umidade do ar chegou a menos de 20%. São 3 fatores que proporcionam o cenário ideal para o aumento das queimadas. De janeiro de 2012 até a última quarta, já foram 459 focos de calor.

No mesmo período de 2011, foram apenas 305. “Isso significa que o agricultor começou a queimar mais cedo”, analisa a secretária-executiva da Comissão Estadual de Gestão de Recursos Hídricos, Vera Reis.

As políticas de incentivo ao setor agrícola ainda não conciliaram escala produtiva que dê segurança alimentar às famílias e excedente para comercialização sem uso do fogo. Por isso, o pequeno agricultor queima. “Ele queima para garantir comida para a sua família”, diz Reis, lembrando uma reunião com pequenos produtores e promotores de Justiça do Ministério Público do Estado.

O monitoramento feito pela Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais também acompanha as condições climáticas e, para o mês de agosto, o cenário não deve melhorar. “A expectativa é que tenhamos chuva a partir do dia 15”, prevê o meteorologista da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais, Helder José Farias da Silva.

A estimativa é que esse mês acompanhe a média histórica de 40 milímetros. A quantidade, no entanto, não garante que seja bem distribuída ao longo do mês.

A atenção dos técnicos também está focada no interior do Estado. A tendência, de acordo com o monitoramento da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais, é que haja aumento no número de focos de calor na região de Tarauacá/Envira.

O Baixo Acre, região com  propriedades maiores e com acesso à tecnologias diferentes do uso do fogo tem apresentado tendência de queda no número de focos de calor. A descentralização das ações de estímulo ao setor produtivo no interior podem ter sido causa da tendência de crescimento do número de focos de calor na região do Tarauacá/Envira. Em todo estado, quando se compara 2011 com 2010, a redução do número de focos de calor foi de mais de 60%.

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