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Congresso sobre corrupção será feito na Capital

CongressoO Ministério Público, em parceria com a CGU, realizará nos próximos dias 23 e 24 o II Congresso Nacional sobre a corrupção, a partir das 19h30, no auditório da Faao. Os promotores de Justiça Waldirene Cordeiro e Vinícius Evangelista, coordenadores da campanha ‘O que você tem a ver com a corrupção?’ no Acre, concederam entrevista coletiva ontem para falar sobre o assunto.

Waldirene Cordeiro explicou o foco do congresso. “O objetivo é a sensibilização da sociedade, porque sabemos que só com o engajamento das instituições não conseguimos eliminar a corrupção. Temos que sair do conhecimento que o Brasil é o país do ‘jeitinho’, que é uma forma de corrupção, ou seja, deixar de fazer o correto para alguém ser beneficiado”.

Palestras e discussões sobre como poder estimular o controle social contra a corrupção serão debatidas durante o evento, explicou Vinícius. “Queremos chamar a sociedade para discutir como nós podemos estimular esse controle. Recentemente veio a Lei de Acesso à Informação para que exista uma transparência no poder público. Temos de combater a corrupção também nas instituições particulares, no âmbito privado. Ou seja, como podemos mudar as nossas ações e atitudes diárias com o padrão de honestidade”, disse Vinícius.

O promotor destacou o momento em que o país vive, com o julgamento do ‘Mensalão’. “É a hora de despertar, de a sociedade se unir, conjugar esforços na luta desse câncer. O Supremo Tribunal Federal está julgando o caso do ‘Mensalão’ e o Brasil está vivendo um momento emblemático para dizer que somos contra a corrupção. Todos paramos para ver o maior escândalo da corrupção da história do país. Queremos conclamar a sociedade para discutir como podemos mudar”.

Na Capital, a corrupção está sendo combatida, afirmou Waldirene. “Quando há desvios de conduta, de horário ou utilização de bens públicos, é formatado um procedimento e é encaminhado, caso não seja solucionado na esfera administrativa ministerial, para a Justiça comum em última instância. Só em Rio Branco nós temos uma dívida de passivo de recursos públicos no valor de 20 milhões”.

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