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Diretor incentiva acreanos a participar do Programa Jovens Embaixadores

 O governo dos Estados Unidos tem, em parceria com o Brasil, vários programas na área da educação. O Programa Jovens Embaixadores foi criado no Brasil em 2002 e agora é replicado em 25 países. Desde o lançamento, 294 brasileiros já participaram do programa. Há 10 anos, o programa seleciona 35 estudantes da rede pública brasileira para um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos.
Jonh Mavel, diretor do Departamento de Cultura, Educação e Imprensa da Embaixada dos Estados Unidos esteve em Rio Branco. Ele explicou a parceria entre os países é de grande importância. “Nós temos muitas parcerias com o Brasil. É muito importante um trabalho como este. Temos muitas coisas a aprender aqui, como os brasileiros podem também aprender conosco. O Jovens Embaixadores é um programa que está fazendo 10 anos. Muitos alunos participam, mas infelizmente apenas alguns podem ir aos Estados Unidos. Os brasileiros são muito inteligentes”.

 Além disso, também é realizado o intercâmbio de diretores de escolas públicas, que faz parte do Prêmio Nacional Gestão Escolar (PGE), criado em 2000 e realizado anualmente pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED). “O intercâmbio de diretores, onde os gestores brasileiros vão ao nosso país e os nossos gestores vem para cá, acontecendo uma troca de experiências e de ideias, é importante discutir sobre os problemas dos nossos países, que muitas vezes são os mesmos. Isso pode fazer com que a situação de ambos melhore. Também estamos desenvolvendo com o Governo Federal para que a entrada dos brasileiros no EUA seja mais fácil e menos complicada”, informou John.

 Felipe Storck, 18 anos, participou do programa Jovens Embaixadores em 2010, quando cursava o ensino médio na escola pública Lourival Sombra. Ele foi um dos selecionados entre milhares de alunos do país. “O programa Jovens Embaixadores foi simplesmente uma experiência que mudou a minha vida. Viajamos para Washington, conhecemos um pouco das relações internacionais, o Banco Mundial, a Casa Branca e a 1ª dama Michele Obama. Aprendemos sobre a história dos Estados Unidos, sobre a importância de criar uma forte relação entre os países. Fui para Oklahoma e conheci uma escola pública, o dia-a-dia dos alunos e foi muito interessante poder fazer essa comparação com o Brasil, criando essa conexão com os jovens”.

 O jovem afirmou que o programa é uma grande troca de cultura entre os países. “Preparamos apresentações sobre os nossos Estados e região. Vi o grande interesse dos americanos em aprender sobre o Brasil. Recebemos também muitas informações por estar lá. Vou levar essa experiência para a vida inteira. Todos os conhecimentos passados pelas pessoas que trabalham com o programa vão ficar comigo”.

 Após o programa, surgiram novas oportunidades para Felipe. Ele ganhou uma bolsa de estudos na faculdade Franklin And Marshall e pretende fazer um curso na área ambiental ou econômica. “Fiz um curso de 35 dias no internato, depois surgiu a possibilidade para eu estudar durante um ano. Dei aulas em uma favela indiana. Agora vou fazer faculdade lá, a partir do mês que vem, no Estado da Pensilvânia. É uma grande emoção”. 

 Para participar o estudante deverá seguir alguns critérios: estar cursando o ensino médio, ter entre 15 e 18 anos, excelente desempenho escolar, trabalho voluntário em suas comunidades e boa fluência no idioma inglês para representar o Brasil como um embaixador nos EUA. A Embaixada dos Estados Unidos prorrogou para 26 de agosto o prazo para inscrições na décima edição do programa. As inscrições devem ser feitas apenas pela internet.

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Felipe Storck, 18 anos, já participou do programa Jovens Embaixadores

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