Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Governo começa a negociar com servidores em greve

A greve dos servidores públicos federais continua ganhando forças. As categorias ainda aguardam a negociação com o Governo Federal, que aos poucos marca reuniões para discutir as reivindicações dos trabalhadores. No Acre a movimentação não é diferente: várias categorias levam a paralisação em diante até que uma medida seja tomada.

Nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem uma reunião agendada com o Ministério do Planejamento, afirmou  José Maria, servidor do órgão. “ Há quase 50 dias de greve, houve uma sinalização de negociação. Na última sexta o governo anunciou que iria dar aumento a algumas categorias, mas não sabemos quais. Estamos aguardando, esperando que eles não adiem as negociações mais uma vez. Queremos a equiparação salarial, reestruturação do órgão e concurso público, já que em 2015 cerca de 40% dos servidores estarão aposentados”.

Os Policiais Federais continuam paralisados até o dia da negociação. “Estamos acompanhando que o governo já está sinalizando uma espécie de aumento diferenciado para a Polícia Federal. A nossa reunião está agendada para quarta-feira e o nosso movimento seguirá até esse dia, garantindo somente os 30% dos serviços essenciais. Ontem realizamos uma panfletagem no centro da capital e hoje estamos organizando uma doação de sangue. Como não tínhamos nada de concreto, o Brasil inteiro decidiu prosseguir com a paralização até o dia da reunião. No entanto, não estamos realizando atividades que prejudiquem o cidadão”, explicou Guilherme Delgado, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Acre.

Na Ufac, cerca de 8 mil alunos estão sem aulas há 88 dias. Prestes a completar 3 meses, o Governo Federal não atende as propostas dos professores, disse Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve. “O governo não quer mais negociar. Estamos no processo nacional pela via de uma articulação com os parlamentares para fazer com que o governo volte para a mesa de negociação. No ponto de vista nacional ficou um impacto, em nenhum momento foi negociada a nossa pauta. Continuamos flexíveis, queremos a valorização da carreira e melhoria nas condições de trabalho”, concluiu.

Sair da versão mobile