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Greve da Ufac já dura três meses

 Três meses. Este é tempo que já dura a greve das universidades federais em todo o país. A paralisação continua mantida na maioria das instituições, que recusaram a proposta do Governo Federal. A proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento prevê reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes, aplicados de forma parcelada até 2015.

 Na Universidade Federal do Acre (Ufac), a greve atinge cerca de 8 mil alunos. Moisés Lobão, do comando de greve, explicou que os professores estão aguardando uma nova negociação. “A greve continua porque o governo fez acordo com apenas uma entidade que representa 5 instituições, das quais apenas 2 retornaram às aulas. Na realidade, estamos fazendo uma grande pressão para que as negociações sejam abertas novamente. É fundamental uma articulação junto à Bancada Federal para que as negociações voltem”.

 Enquanto não há a sinalização, os docentes estão procurando outras formas de negociação. “O nosso sindicato mandou carta para a ministra do planejamento e orçamento e para o ministro da educação. Temos feito também uma articulação junto às bases parlamentares do Congresso”, informou Moisés. 

 Além da greve, a eleição para a reitoria da Ufac está sendo debatidas, disse o professor. “Estamos estudando as questões relacionadas à universidade. Discutimos e estamos trabalhando a eleição para a reitoria. Corremos um grande risco, caso a lista tríplice não esteja pronta até o dia 5 de setembro, de perder o direito de escolha. O Ministério da Educação, segundo a legislação, tem o direito de colocar um interventor escolhido pelo ministério e, assim, perdemos a autonomia universitária frente a esta decisão”.

 É de fundamental importância à participação dos universitários na votação, frisou Moisés. “Temos um comando de mobilização dos estudantes que estão chamando os colegas para se reunirem na sexta, a fim de discutir a importância da participação deles neste pleito eleitoral e também discutir a importância da paridade, porque agora o voto dos 3 segmentos têm o mesmo valor, não importa o número de estudantes, professores ou funcionários. Cada categoria vale 1/3 e é uma conquista que não pode ser perdida. Se não ocorrer as eleições, este grande ganho que obtivemos há vários anos vai ser perdido. Pedimos que os estudantes venham em massa para mostrar que querem participar do pleito e ajudar na construção de uma universidade melhor”.

 

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