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Há mais de 100 dias paralisada, greve da Ufac pode chegar ao fim

 O Governo Federal, através do Ministério do Planejamento tem até o dia 31 de agosto para encaminhar ao Congresso Nacional a proposta de lei orçamentária anual. Para que isso aconteça, reuniões com os sindicatos estão sendo realizadas para que acordos salariais com os servidores públicos em greve sejam realizados.

 Até o momento apenas a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes) aceitaram um acordo. A Universidade Federal do Acre (Ufac) e demais entidades continuam em greve.

 De acordo com Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve da Ufac, o Governo Federal tem tentado intimidar a categoria. “Eles fazem isso desde o dia 16 de maio, quando iniciamos a greve. Isso não é nenhuma novidade. Trabalham na lógica da ameaça e da intimidação. Na verdade é uma concepção autoritária de gestão. Na impossibilidade de lidar com as contradições do próprio governo, eles ameaçam”.

 Uma nova proposta foi encaminhada ao Ministério do Planejamento. “Na última quinta-feira nos protocolamos, junto ao governo, uma nova pauta. Pegamos a mesma do início da greve e adequamos à malha salarial proposta por eles, aproximando no sentido de pensar sobre o impacto financeiro, já que eles alegavam que não discutiam a proposta por causa disso.  Adequamos a proposta do planejamento orçamentário e mantivemos os princípios de organização da carreira. Se o governo concordar, a greve estará resolvida. Do ponto de vista do orçamento, não tem nenhum problema se a questão era essa. O limite deles é até o dia 31”, disse o presidente.

 Caso as reivindicações não sejam atendidas até o prazo, a greve irá continuar sem prazo determinado para o fim. “O governo trabalhou com a ideia de deixar o tempo passar. Ficaram dois meses sem negociar, deixaram chegar até esse ponto. Lidam com o desgaste, a falta de tempo hábil e deixam para o último minuto. É uma tática velha que nós conhecemos. A nossa perspectiva é que se não é uma “queda de braço”, isso vai ficar claro agora e eles vão aceitar o que nós apresentamos e resolver essa questão. Nós temos outra alternativa: se não resolver com o governo até o dia 31, podemos discutir com o congresso. Podemos ficar em greve até o congresso entrar em recesso. Existe uma disposição muito grande dentro do sindicato. Vamos ter que avaliar e dicutir durante a semana toda sobre o que fazer após essa data, pois a nossa dinâmica pode ser muito diferente e talvez mais longa”, concluiu Gerson.

 

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