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Imazon aponta que florestas no leste do Acre estão em risco desmatamento

 O Instituto de Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) fez um alerta para o risco de que as áreas do leste do Acre correm risco de serem desmatadas durante estes meses de estiagem. O sinal de alerta do instituto foi ligado no começo desta semana, após a realização de monitoramento independente do desmatamento na floresta amazônica. Nele, o Imazon estima os riscos que cada região da Amazônia corre de sofrer com o desmatamento, avaliando no período entre agosto de 2012 até julho de 2013.

 Após as previsões, os pesquisadores de tal estudo concluíram que toda a Amazônia deve perder em torno de 5 mil Km² para o desmatamento nos próximos 11 meses. Tal estimativa mostra que a ação ilegal dos desmates será ousada, uma vez que uma perda de área semelhante tão grande assim não é registrada há anos na região. Entre agosto de 2010 e julho de 2011, a Amazônia perdeu 1.628 Km² (3.372m² a menos do que esperam para os próximos meses). Entre julho de 2011 a agosto deste ano, o desmatamento levou 1.047 Km² da floresta amazônica (quase 4 mil Km² abaixo do que se espera neste ano).

 O estudo do Imazon usa dados de conjunturas atuais e modelos de computadores como métodos para medir o grau de risco e quais regiões estão mais vulneráveis aos desmates. De acordo com a pesquisa monitorada, Pará e Mato Grosso são so 2 estados regionais que mais têm áreas de risco, com ampla ‘vantagem’ paraense quando se trata de por florestas abaixo. Quatro cidades paraenses têm níveis críticos de riscos: Altamira, Novo Repartimento, Pacajá e São Félix do Xingu. 

 No Acre, o levantamento analítico do Imazon não aponta riscos críticos. Há apenas riscos de leves a moderados nas áreas rurais e até algumas urbanas nos arredores das cidades de Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Capixaba, Epitaciolândia, Brasiléia e Bujari. Isso na parte leste do Estado, na fronteira com Rondônia (que tem em Porto Velho a sua cidade com nível mais crítico de riscos para desmates). Na outra ponta do Acre, sofrem riscos mínimos (perto de zero) Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Mâncio Lima.

 Ainda segundo o Boletim de Riscos do Imazon, florestas em propriedades privadas e assentamentos de Reforma Agrária correm riscos maiores. Terras indígenas e Unidades de Conservação estão menos expostas ao perigo dos desmates.  
    

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