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Incremento do comércio é comemorado, mas Fecomércio/AC recomenda cautela

 A Fecomércio/AC comemorou o crescimento em junho do volume de vendas do comércio varejista confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que houve evolução de 7,9% em comparação ao mesmo período do ano passado e alta de 1,5% na comparação com o mês anterior. Em doze meses, a pesquisa registrou alta de 7,5%. O varejo ampliado – que inclui veículos e materiais de construção – obteve variação positiva de 6,1%.

 A expectativa da Fecomércio/AC é que o comércio varejista continue a apresentar resultados favoráveis nos próximos meses e feche o ano com crescimento de 7,0%. No entanto, avalia o Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), o bom resultado de junho ainda não indica tendência de recuperação mais robusta do ritmo de vendas, já que, no período, fatores pontuais permitiram a aceleração dos negócios, principalmente os incentivos fiscais para veículos concedidos pelo governo.

“O PIB não está crescendo como foi projetado para este ano, e está havendo uma desaceleração na economia”, explicou o coordenador do Ifepac, Roberval Ramirez.  “Se há essa desaceleração, e o comércio continua crescendo, deve-se ficar atento, pois o certo seria haver crescimento no comércio e a economia ter níveis de exportação superiores aos da importação.”

 Mesmo em processo de estabilidade, o nível de endividamento e inadimplência ainda se situa em patamar alto, impedindo que o consumo das famílias retorne ao ritmo do ano passado. “A situação do consumidor hoje é preocupante, visto que o poder aquisitivo da população brasileira está decaindo e o nível de endividamento chega a mais de 50%”, destaca Ramirez. “Aproximadamente 40% desses endividados já estão com dificuldades para o cumprimento de suas obrigações financeiras.”

 Ramirez considera oportuna a concessão de incentivos fiscais para o setor produtivo da economia com o objetivo de estimular o PIB, entretanto, segundo ele, o governo precisa rever a política tributária do país para pôr fim às soluções paliativas em momentos críticos. “Essas medidas devem se estender permanentemente”, justifica.

 Todos os estados apresentaram resultados positivos na comparação com junho de 2011 em relação ao volume de vendas. Os destaques foram Roraima (27,6%), Acre (21,5%), Mato Grosso do Sul (18,5%), Maranhão (18,3%) e Amapá (16,1%).  Já em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas ocorreram em Roraima (25,9%); Alagoas (24,8%); Acre (23,7%); Rondônia (22,1%) e Mato Grosso (22,0%).

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