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Mercosul, nosso norte é o sul

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
12/08/2012 - 01:52
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Perpetua1208A presidenta Dilma, mais uma vez, encheu-me de orgulho, e a milhões de Brasileiros ao declarar que “foi uma honra e uma satisfação presidir esta reunião do Mercosul, que tem significado histórico”, referindo-se à aprovação da inclusão da Venezuela ao Mercosul.

Foi no último dia 31/7, em Brasília, depois de seis anos de espera. Essa medida imprime uma nova configuração geopolítica continental, um avanço estratégico e uma mudança significativa na nova ordem geoeconômica global, além de imprimir a marca da sagacidade da nossa presidenta Dilma Rousseff, nas relações internacionais.

É um importante avanço no sonho dos líderes da atua-lidade em prol da transformação política, econômica e comercial da região para fazer frente, inclusive, à crise internacional, com uma base ideológica forjada no sofrimento e na reação dos povos sul-americanos, cuja prova são os mandatários progressistas, todos eleitos e reeleitos democraticamente.

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 Já em 2001 a Venezuela havia apresentado sua candidatura. Mas, apesar do ingresso do quinto país membro já estar aprovado desde 2006 por sete das oito casas legislativas que compõem o Mercosul, dependia ainda da aprovação do Senado paraguaio. O mesmo Senado, de partidos conservadores, que em rito sumário, menos de 30 horas, cassou o mandato do presidente Lugo, exerciam poder de veto na integração da América do Sul e fazia coro com os países ricos contrários à consolidação do Mercosul.

Esta recusa do Senado paraguaio em aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul não difere mesmo da política norte-americana na América do Sul, quando já em 1889, na I Conferência Internacional Americana, propôs a negociação de um Acordo de Livre Comércio nas Américas e a adoção, por todos os países da região, do dólar como moeda única para as transações. E é claro que para esse tipo de objetivo a negociação com blocos de países (no caso a formação do Mercosul) é muito mais difícil. Por isso os países ricos, desde o início, mantiveram uma posição contrária ao Mercosul, criado em 1991 para estimular o livre comércio na região.

A criação do Mercosul, e a consequente rejeição da proposta estadunidense de criação de uma ALCA, já havia sido um duro golpe nas pretensões da potência. Mas, a inclusão da Venezuela no Mercosul constitui, do ponto de vista geopolítico, a maior derrota diplomática estadunidense na avaliação do pensador argentino Atilio Borón.

 A adesão mostrou a capacidade dos governantes sul- americanos, com destaque especial para duas mulheres, às presidentas Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, que junto com o presidente do Uruguai, José Mujica, apararam o golpe dado no presidente do Paraguai Fernando Lugo e o transformaram em algo positivo, promovendo com ainda maior rapidez, a suspensão provisória do Paraguai no Mercosul e a introdução da Venezuela como quinto membro daquele organismo.

Eu diria que a reação pegou os líderes políticos do Partido Colorado, que esteve no poder no Paraguai durante sessenta anos (até a eleição de Lugo), os dos Estados Unidos e seus aliados de surpresa. Todos pareciam imaginar que as sanções contra o Paraguai, em decorrência do impedimento de Lugo, seriam principalmente políticas, e não econômicas, limitando-se a impedir o Paraguai de participar de reuniões de presidentes e de ministros do bloco. Prova disso é que diante dessa evolução inesperada, os líderes e partidos conservadores de todo o mundo ocidental capitalista se mobilizaram em socorro dos neogolpistas com toda sorte de argumentos, proclamando a ilegalidade da suspensão do Paraguai (sustentando assim o golpe); consequentemente, proclamavam, também, ilegalidade da inclusão da Venezuela, já que a suspensão do Paraguai teria sido ilegal. O bloco torna-se um dos principais produtores mundiais de alimentos e de minérios e uma potência energética global tanto em recursos renováveis quanto em não renováveis. Além disso, ao passar a ser parte de um bloco geopolítico, que se consideram as implicações estratégicas, militares, de infraestrutura, de transporte e de pesca, entre outras, que se reverte em beneficio dos países membros. A Venezuela tem uma das maiores reserva de petróleo do mundo, motivo pelo qual sua incorporação torna o Mercosul economicamente mais robusto e também detentor de uma maior dimensão geopolítica. O mais novo membro do Mercosul também possui outras vantagens comparativas, como suas imensas reservas de minerais, água potável e biodiversidade, além de uma localização geográfica especial, mais próxima dos fluxos internacionais do comércio do Hemisfério Norte. Além disso, ganha força a ideia de que a Venezuela entrará no Mercosul através do norte do Brasil. Nos últimos anos os governos do Brasil e da Venezuela, assim como as administrações de Roraima e do estado venezuelano de Bolívar, vêm promovendo iniciativas para dinamizar as relações comerciais, intensificar os fluxos de investimento e promover a integração produtiva do norte brasileiro com o sul venezuelano, as regiões mais pobres dos dois países. Essa integração é o tão sonhado despertar entre os vizinhos. É Uma busca de soluções conjuntas e auxílio mútuo para crescermos juntos. Finalmente a nossa América Latina acorda, levanta e se une para discutir o seu futuro. É agora o momento de reinventar a vida e lutar para conquistar a mudança social, que tem a marca da cara indígena, negra, popular e feminista. É um resgate do exemplo de resistência e experiência revolucionária presentes nas nossas origens.

É aqui que uma nova teoria pode estar se produzindo, com base na economia compartilhada e no respeito às diferenças e buscando a soberania dos povos sobre seus recursos com altivez e independência.

* Perpétua Almeida é deputada federal (PCdoB/AC).  Presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

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