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O teatro começou antes da hora

As últimas apresentações do Grupo do Palhaço Tenorino promoveram uma situação que há muito não se via no Acre: o espetáculo teve que começar um pouco antes da hora programada. Plateia lotada e gente voltando da porta de entrada já cheia de gente sentada pelo chão.

Não se via algo assim desde o fim dos anos 70 e início dos 80, quando a produção teatral sofria com falta de espaços e recursos. “Estamos orientando que as pessoas cheguem pelo menos com 40 minutos de antecedência”, recomendou Dinho Gonçalves, ator e diretor de ‘Quem é o Rei?’. A peça começa às 8h da noite, no Teatro de Arena do Sesc. “A entrada é franca, mas não é gratuita”, brinca o diretor.

A fala é uma forma de informar que a peça tem o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Nacional de Artes (Funarte). O espetáculo ‘Quem é o Rei?’ já foi apresentado às comunidades do Vale do Purus, Vale do Juruá, Vale do Acre, em Mato Grosso e Rondônia, por meio do programa Teatro Mambembe.

“Texto, público e ator são os três eixos em que se sustenta o teatro”, ensina o diretor Dinho Gonçalves. “São três perninhas que estão sempre precisando ser fortalecidas e, por mais que se esforce na produção de um bom texto ou na forma de apresentação, se não houver plateia o teatro perde o sentido”.

A peça teve adaptações feitas pelo diretor Roberto Gill Camargo e está mais concisa, com lapidações no texto, na música e na interpretação. O texto é de Marília Bomfim e a direção de Dinho Gonçalves.

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