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Pais denunciam caso de violência em escolinha

EscolaS.L.B.M tem 2 anos. Essa semana, ela teve o último dia de aula na Escola Max, um dos centros de ensino fundamental mais prestigiado de Rio Branco. Pela terceira vez, a criança foi vítima de violência por parte de um outro aluno e, segundo os pais, a escola foi omissa. Hoje, S.L.B.M traz no corpo as marcas da violência: mordidas na altura dos seios e nas costas. “Quando a minha filha foi mordida pela primeira vez, eu achava que ela tinha sido a primeira vítima”, relata a mãe da criança violentada, Nair Machado de Barros. “Infelizmente, minha filha não foi a única vítima”.

Barros diz não entender a postura da escola que, segundo ela, não tomava providências. “Não responsabilizo a criança agressora”, diferencia a mãe. “Responsabilizo a escola que oferece um serviço e, no entanto, não cuida deles”.

Irritada, Nair Barros desabafa. “A única coisa que eles dizem é ‘tenha paciência, mãezinha; ou tenha paciência paizinho’, mas como ter paciência diante de uma situação dessas?”, pergunta.
Quando soube que a criança não era a única vítima, registrou queixa na Delegacia do Menor. Na segunda vez, procurou o Núcleo de Apoio à Criança e ao Adolescente Vítima, mas diz não ter conseguido formalizar denúncia devido à ausência do delegado plantonista.

A família estuda a possibilidade de entear com ação no MP. “Não vou mais ficar calada”, disse, emocionada. “Não posso mais ficar”. A outra filha de Nair Barros, que também estuda na escola deve ser transferida.

Foi a primeira vez que S.L.B.M frequentou uma escola. Teve febre durante a noite após o último episódio. “Se a escola não tem condições de oferecer serviços para esse público com até três anos de idade, então que deixe de oferecer”, sugeriu. A família de S.L.B.M estuda acionar uma ação no Ministério Público para responsabilizar a instituição de ensino.

A Escola – O jornal A GAZETA procurou na manhã de ontem a direção da Escola Max. Após esperar a direção da escola se pronunciar “com a presença de um advogado”, uma das assessoras que atendeu a equipe de reportagem a firmou que “se tratava de um problema interno e que não iria falar sobre o assunto”.
A funcionária negou a versão da mãe. Disse que “todas providências foram tomadas para resolver o problema”.

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