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Sammy Barbosa denuncia Luana Campos ao CNJ por causa de Hildebrando Pascoal

MPE-CNJO procurador de Justiça, Sammy Barbosa, disse ontem que “há uma orquestração no Acre para soltar Hildebrando Pascoal antes do tempo”. Ele denunciou a juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, aos juízes auxiliares do Conselho Nacional de Justiça – CNJ – que ficaram durante quatro dias no Estado, fazendo correição do judiciário acreano. Segundo o procurador, é no mínimo estranho o comportamento da juíza, que “parece criar fatos para soltar Hildebrando Pascoal”.   

Ele explica que a juíza Luana Campos solicitou que o ex- coronel Hildebrando Pascoal tivesse condições para fazer tratamento de saúde. O Ministério Público determinou e o Instituto Penitenciário – Iapen está instalando equipamentos na cela de Pascoal, que terá três sessões de fisioterapia por semana na própria cela. Mas, segundo Sammy, a juíza, agora encara os equipamentos e as consultas semanais como regalia. “A juíza disse que se Hildebrando não tivesse tratamento adequado, ela poderia lhe conceder prisão domiciliar, o que não é possível, já que ele ainda está em regime fechado. Quando nós demos as condições de tratamento, ela vem dizer que isso é regalia. O que dá para entender disso é que realmente há uma orquestração para que o ex- coronel seja solto antes do tempo”, relata.

Sammy diz que ficou surpreso também com o fato da juíza determinar que Hildebrando não use mais algemas em deslocamentos para qualquer tipo de atendimento de saúde. Ele diz que as pessoas esqueceram o nível de periculosidade do ex – coronel e que, em caso de fuga, resgate ou violência contra os agentes, vai responsabilizar o judiciário. “Eu participei das investigações, vi as fotos de pessoas mutiladas e assassinadas por Hildebrando Pascoal e sei o quanto ele é perigoso e ainda tem influência no Acre. Se, por falta das algemas, ele fugir ou for resgatado, vamos responsabilizar quem deu a ordem para que as algemas não fossem usadas”, ressaltou.

Segundo o procurador, desde o julgamento de Hildebrando Pascoal, no casso da motosserra, sentiu as dificuldades impostas pelo judiciário acreano. Ele disse que teve que fazer vários recursos para que a lei processual fosse cumprida. “No julgamento tinha o fato dos policiais militares irem assistir ao julgamento fardados e ainda batiam continência para Hildebrando. Parece que esse e outros fatos, assustaram o magistrado do caso, que não cumpriu tudo que a lei determina. Juntando várias peças desse quebra cabeças agora vejo o perigo que a sociedade corre com a possível soltura de Hildebrando Pascoal”, conclui o procurador.

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